segunda-feira, 29 de junho de 2009

contradição ao anterior

eu acabei de escrever sobre saudade, e lá vou eu me contradizer: não gosto de sentir saudade. se gostasse, provavelmente eu ligaria para meus amigos da escola, provavelmente olharia as fotos da minha formatura todos os dias, e provavelmente mandaria algum recado dizendo "vamos, vamos sair sim", mas os recados são sempre "a, marcamos qualquer coisa, qualquer dia" e essa qualquer coisa não aparece nunca, e por favor, qual dia é qualquer dia no calendário? eu não gosto das saudades. mentira, gosto de algumas. ai meu Deus, afirmo e nego. olha eu aqui, a contradição sem doçura. (3 minutos de pensamento). entendi. eu sinto saudades, e gosto das saudades, de ocasiões e tempos q podem ser repetidos, dos abraços, dos sorrisos. não gosto da saudade daquilo q nunca mais voltará, q é a escola, q são as piadas, q é aquele sarcófago feito à prota e q matava a todos de tanto rir. a saudade é uma contradição. as vezes doce, outras nem tanto.

a saudade

é engraçado e estranho ao mesmo tempo o q eu tenho sentido; saudades. mas não é aquela saudade q me mata, q me deixa triste, q faz cair lágrimas de mim, q me deixa raivoso, q me irrita, não. é aquela saudade boa, aquela vontade de te ter de volta rápido, é aquela esperança, é a saudade do riso dado ao seu lado, é saudade, é amor.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Glossina palpalis

não sei se é preguiça ou se é doença, mas nestes últimos dias minha rotina diária mudou, e se transformou em rotina notura, e a rotina noturna, continua sendo a mesma. o sono tem me perseguido. não sei se é forma de escapar da realidade em q tenho vivido, ou se é cansaço. não sei do q pode ser esse cansaço, pode ser de tudo, pode ser de todos; pode ser de mim mesmo. pode ser da realidade, ou da fantasia, pode ser da pressão. e isso me pegou também, a pressão. não sei se abaixou, e por isso tenho tanto sono, ou pode ter aumentado sobre mim, e por isso tenho tantado escapar dela por meio do sono, eu não sei, mas essa síndrome do sonho tomou conta de mim. são horas durante a tarde, horas durante a noite, e horas durante a manhã. e nunca estou satisfeito. quero sempre mais. insaciável. mergulhando cada vez mais neste mar, assim eu vou, até q eu me perca, ou me afogue.

domingo, 21 de junho de 2009

meus problemas não são tão grandes, minha infância foi feliz, tive apenas um grande problema na adolescência, dois amores q partiram meu coração, uma terapeuta q me ajudou em muito, um pai e uma mãe incompreensíveis, uma irmã invejosa, uma irmã sem posição, duas famílias religiosas, uma avó tradicional, uma avó mão-largada, um avô bom e desconhecido, um avô q me punha medo por seu jeito bravo de ser, mimos, uma mãe super-protetora, e uma redoma invisível.

domingo, 14 de junho de 2009

amar e seu novo significado

eu achei q nunca mais teria ninguém, e para ser sincero, eu ja deixara de acreditar no amor há muito tempo; o sonho com aquela paixão avassaladora ja não passava mais por aqui, e por este cérebro (e quem sabe pelo coração) o amor ja não era entendido, era desacreditado. e então eu comecei a criar paredes e muros entre eu e os meus sentimentos, e cada dia q passava essa proteção ficava maior. eu me protegi do amor e de suas dores, talvez pq eu só entendesse q o verbo amar trazia consigo o verbo sofrer, e tudo para mim foi tão relacionado, um com o outro, o outro com o um, e ja jurara: nunca mais sofreria por ninguém. mas então eu vi seus óculos escuros, e foi como se cada tijolo da minha proteção caísse, e minhas paredes desmoronaram, aos poucos, como deve ser. hoje não me protejo mais, e me entrego. minhas paredes e muros estão no chão, assim como meu antigo pensamento sobre amar e sofrer. agora, amar é sinônimo de ser feliz.

sábado, 13 de junho de 2009

acabei de ter uma certeza: parte do meu passado ficou para trás, e a página foi virada. agora eu quero é o meu presente, e quem comigo nele está, não me intersso mais em pessoas q se foram e q passaram, aquela novela mexicana em q eu vivia, acabou. (adeus, paola)

sexta-feira, 12 de junho de 2009

culpa

se existe um sentimento capaz de destruir corações, lares e vidas, este sentimento é a culpa; chega aos poucos, e como o fogo em uma floresta, começa se alimentando de pequenas gramas, para depois se fortalecer e engolir árvores gigantescas; eu sei como é ter este sentimento, e pior do q ter, eu sei como é conviver com ele. sempre achei q a culpe de tudo fosse minha: o copo que quebrou, fui eu quem o colocou ali, o garçom servindo-me um copo d'água, a luta de classes que eu, como capitalista, adoro; as crises financeiras enfrentadas pela família (são duas as versões deste fato que me matam) este menino só gera gastos, e nunca lucro, e sua desarmonia com Deus fez com que Ele jogasse uma nuvem de gafanhotos sobre a minha família. e pois é, Deus sempre faz com que eu me sinta o grande culpado por todas as coisas, sempre, e é difícil conviver com isso, pois eu, um menino criado dentro da igreja, não me vejo ateu, não me vejo desacreditando em Deus, mas as vezes... é tão difícil, é tão difícil me sentir parte da família, é tão difícil me sentir vindo da minha mãe e do meu pai, é impossível me sentir dentro da igreja, é impossível. eu me olho no espelho, e mesmo q falem q eu sou a perfeita junção do meu pai e da minha mãe, não os vejo ali, eu vejo um menino com um olhar perdido, com o sorriso quebrado, com sentimentos enlouquecidos, eu vejo um futuro temido, e um apego ao passado, e eu vejo a culpa, q me corrói, lá dentro, me corrói; e este lá dentro se reflete aquipor fora, se reflete nas olheiras, se reflete na pele cansada, se reflete na falta de vontade, na tristeza sempre contida; a culpa se apresenta a mim como a grande vilã, e Deus se apresenta a mim como Pai de amor, mas também, como aquele q me julga, q aponta aquele dedo imenso q Ele deve ter na minha cara e pronto, acaba cmg. por favor, não me dê mais motivos para me sentir culpado...

quarta-feira, 10 de junho de 2009

chove lá, chove aqui

tem chuva la fora, e tem chuva aqui dentro também. é como se uma só completasse a outra, ou então, se eu saísse pela janela, certamente a minha chuva se misturaria à chuva natural. é uma hipérbole, há um exagero, mas estou triste hoje; minha amiga se foi. quem agora me acordará com tão bom humor quando eu não for à aula, quem fará meus bolos tão gostosos, quem fará meus doces preferidos, quem arrumará meu quarto com tanta delicadeza, quem mais, além dela, sabe qual o lustra-móveis q o cheiro me agrada tanto, quem põe os meus enfeites de estante tão perfeitamente posicinados além dela? eu sentirei saudades, e vc foi uma perda insubstituível.

terça-feira, 9 de junho de 2009

capital em crise

mais uma vez minha vida mudará, e recomeçará por um ponto q eu ja conheço, e q eu sei as dificultade q enfrentarei; não será fácil, haverão momentos em que pensarei em desistir de tudo, e meu psicológico não agüentará por muito, mas preciso ser forte. ja sou grande, nas outras vezes em q recomecei eu ainda era pequeno, e via tudo com meus olhos pequenos (porém grandes nos sonhos), entretanto hoje meus olhos grandes me alertam q não poderei ter o mesmo comportamento q tive aos 11 anos, estou às vésperas dos 18, muita coisa mudou. muita coisa mudará. as primeiras q mudaram foram minha empregada doméstica e minha psicóloga, q já não exercem mais suas funções para mim. minha família mais uma vez passará por tudo o q ja passou, e mesmo tudo tendo passado, nós nos mantivemos unidos, e assim espero permanecermos, Deus nunca nos abandonou, e sua fidelidade nos seguiu (e também nos guiou) até o presente minuto, e sei q ainda estará conosco. a mão q segura na minha, agora, precisará estar mais presente do q antes, e ter mais paciência, pois a minha carência ja aumentou. eu sei, não será fácil. mas precisarei mudar e me adaptar a este novo modelo de vida. a crise social causada pelo capitalismo chegou a mim.

(e uma vontade de chorar q há muito tempo não vinha aos meus olhos, de repente passou por aqui)

sábado, 6 de junho de 2009

ver como sua cor mudava tão rapidamente, e como aquelas luzes projetavam-te à minha frente, sentir cada pulso da batida como um pulso dos nossos corações, ouvir a sintonia em q respirávamos, e sentir vc por perto de mim por tanto tempo, brigar no começo do dia, e acabar, ainda ao seu lado, quase dezoito horas depois, com sua cabeça em meu ombro; cantar, rir, abraçar e me envolver, ter vc como meu cachecol, meu agasalho e minha proteção, ser a sua proteção, o seu agasalho e o seu cachecol, fazer declarações ao seu de britney, lady gaga, e até mesmo de stefany, me declarar, ouvir declarações, ver todas as cores q tocavam em vc... nunca foi tudo tão perfeito, nunca tive alguém tão perfeito, nunca uma noite pode acabar tão bem, nunca, mas esta aconteceu, e foi, inimaginavelmente, a melhor da minha vida.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

procurei, por muito tempo enterrar o meu passado, ou parte dele; mas recentemente algumas coisas vêm acontecendo, e percebo o quão raza eram as covas q cavei, bastando apenas um pequeno sopro para logo se ver o caixão. enquanto o caixão está à vista, não há nada para me atormentar, um caixão é só um símbolo do fim, um fim inevitável, e sei q pouco a pouco a terra cobrirá mais uma vez esses caixões, até q eu finalmente possa caminhas livremente, sem vê-los, sem senti-los, sem sentir o mal cheiro q de lá sai; este cemitério q tão mal ja me fez parece cada dia mais longe, e assim será.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Emudecer

meus amigos nunca foram os melhores do mundo, e confesso, muitas vezes engoli muitos sapos para tê-los junto a mim, muitas vezes me rebaixei muito, abaixei a cabeça, e deixei passarem por cima, muitas vezes mudei de opinião só para ser da turma, muitas vezes fiz muitas cosias q agradaram aos meus amigos, mas hoje em dia, quando olho para trás vejo q de nada valeu o esforço; para os amigos q ainda guardo, nada precisei mudar, os amigos q sempre estiveram ao meu lado, sempre estiveram ao meu lado, os amigos q me deram as mãos, sempre me deram as mãos, e aqueles por quem eu mudei, mudaram, e mudaram, e mudaram de mim, e eu me mudei deles, e eu me mudei.