sexta-feira, 12 de junho de 2009

culpa

se existe um sentimento capaz de destruir corações, lares e vidas, este sentimento é a culpa; chega aos poucos, e como o fogo em uma floresta, começa se alimentando de pequenas gramas, para depois se fortalecer e engolir árvores gigantescas; eu sei como é ter este sentimento, e pior do q ter, eu sei como é conviver com ele. sempre achei q a culpe de tudo fosse minha: o copo que quebrou, fui eu quem o colocou ali, o garçom servindo-me um copo d'água, a luta de classes que eu, como capitalista, adoro; as crises financeiras enfrentadas pela família (são duas as versões deste fato que me matam) este menino só gera gastos, e nunca lucro, e sua desarmonia com Deus fez com que Ele jogasse uma nuvem de gafanhotos sobre a minha família. e pois é, Deus sempre faz com que eu me sinta o grande culpado por todas as coisas, sempre, e é difícil conviver com isso, pois eu, um menino criado dentro da igreja, não me vejo ateu, não me vejo desacreditando em Deus, mas as vezes... é tão difícil, é tão difícil me sentir parte da família, é tão difícil me sentir vindo da minha mãe e do meu pai, é impossível me sentir dentro da igreja, é impossível. eu me olho no espelho, e mesmo q falem q eu sou a perfeita junção do meu pai e da minha mãe, não os vejo ali, eu vejo um menino com um olhar perdido, com o sorriso quebrado, com sentimentos enlouquecidos, eu vejo um futuro temido, e um apego ao passado, e eu vejo a culpa, q me corrói, lá dentro, me corrói; e este lá dentro se reflete aquipor fora, se reflete nas olheiras, se reflete na pele cansada, se reflete na falta de vontade, na tristeza sempre contida; a culpa se apresenta a mim como a grande vilã, e Deus se apresenta a mim como Pai de amor, mas também, como aquele q me julga, q aponta aquele dedo imenso q Ele deve ter na minha cara e pronto, acaba cmg. por favor, não me dê mais motivos para me sentir culpado...

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