quinta-feira, 30 de abril de 2009

medo

sou muito receoso, e sempre fui, esse é meu jeito de ser; tenho medo do novo, medo das mudanças, medo do passo à frente, medo do desconhecido; tenho medo de me envolver emocionalmente, tenho medo de dormir com shorts ao invés de calça, tenho medo de subir pela outra escada do metrô, medo do outro lugar do metrô, e medo da outra porta, tbm do metrô; eu tenho medo de trocar as posições das fotos na minha parede, e medo de atravessar a rua em outro lugar, tenho medo tbm de mudar a ordem dos "bom dia" na padaria em q tomo café-da-manhã, tenho medo, simples assim.

terça-feira, 28 de abril de 2009

please, tell us why.

o q me encanta em você é todo esse seu mistério, vc tem portas e janelas fechadas, e nunca abre um sorriso; postura impecável, cabelos sempre tão bem penteados, e sempre uma rigidez inconfundível; vc, sua postura, e sua discrição, como isso é possível, como meu Deus; tanto mistério, por que vc não me deixa ver estes seus dentes q tão brancos devem ser, por que esse seu olhar sempre não querendo ver; por que toda esta invizibilidade; como é possível, como é possível?

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Necessidade.

eu não sou simpático como as pessoas costumam pensar ou dizer, eu sou carente; dou atenção a quem me dá atenção, gosto de quem gosta de mim, e descarto quem me descarta; não quero alguém certo, eu só quero um alguém para uma conversa de 5 minutos, só quero um pouco de atenção, por isso a simpatia, nada mais; sei q quando meu ouvinte não estiver mais exercendo a função de me ouvir, ficarei sozinho, com todos aqueles sentimentos q a solidão nos traz, por isso a simpatia; não por graça, ou por bom humor; mas por carência.

A janela V

a diferença entre abrir portas e abrir janelas é q pela prota vc passa, e é parte da realidade, através da janela vc só observa; arrombar uma janela é não querer participar, mas observar mais de perto, e eu não sei se quero fazer parte de uma realidade, ou apenas observá-la, quero primeiro saber se ao entrar nessa realidade, tudo estará nos conformes, não quero chegar perto e me machucar; não outra vez.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Deserto

é vazio, é apenas vazio; é como se eu quisesse comer algo, mas não encontrasse nem na dispensa, nem na geladeira; como se eu buscasse matar a minha sede numa água não existente; querendo me apertar em abraços, q braço nenhum pode me dar; um deserto, daqueles bem grandes, porém sem sol, nem direção; perdido, me enterrando e me desentarrando por entre os grãos da areia fina, q com qualquer vento se move; é assim, é a busca incessante por algo, ou por alguém; é correr de um lado ao outro do deserto buscando um poço; em todo deserto se encontra um poço, nem sempre cheio; nem sempre vazio.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

A janela. IV

e eu não posso simplesmente colocar a minha boca para fora da janela e gritar, por, não, eu não vou apenas lhe pedir uma segunda chance, eu vou ao topo da minha voz, eu vou implorar, rastejar, e pedir para q vc volte, volte para mim; a minha janela agora está aberta, e eu nada vejo lá de fora, nem vultos, nem imagens, o vento nem sequer sopra por aqui, minha janela está aberta, e tudo o q eu vejo lá fora é um vazio, tudo está repleto de coisas vazias, não há vida nas árvores, os carros por aqui não passam mais, as pessoas que antes habitavam estes prédios há tempos se foram, tudo ficou vazio, tudo ficou escuro, tudo ficou gelado, não há nada, não há nada, não há nada.

A janela. III

(para destruir janelas, paredes e muros não é necessário só força ou coragem, é necessário também saber se do outro lado há o desejo desta destruição; não posso apenas pegar meu martelo e começar a destruir barreiras há tanto tempo impostas, não posso chegar e invadir a sua vida, preciso saber, antes, se vc aceita estes escombros, se vc aceita este mundo destruído; ou melhor, preciso saber se vc me ajudará a destruir tudo o q há entre nós dois; não sou apenas eu quem destruirei barreiras, vc tbm terá de me ajudar, vc tbm quebrará dias, meses e, talvez, juramentos q tenha feito, juramentos do gênero nunca mais; eu nunca jurei nada sobre você, eu nunca mais pensei sobre você; deixei tudo como estava, como num velho museu em q não tiram o pó há décadas, tudo ainda está aqui, e eu me recuso a pensar sobre se o seu amor era mentira, ou era verdade, vc me disse q era verdade, pois então, verdade será; vc me disse tantas coisas, e todas ainda estão aqui; eu espero, um dia, olhar para você, e ter a certeza de q tudo valeu a pena, e q todas essas paredes, barreiras, tijolos, centésimos, segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos de distância, se tudo isso valeu a pena; eu preciso sabe.) há tanta coisa sobre nós dois q eu ainda preciso saber...

quarta-feira, 22 de abril de 2009

A janela. II

eu estou com a minha marreta na mão, estou pronto para começar a demolir as minhas paredes, demolir a simetria em q sempre vivi, estou pronto para destruir tudo, tudo; eu preciso quebrar estas paredes, eu preciso te achar, eu preciso buscar você, onde quer q vc esteja; meu estômago grita para q vc volte,e por favor, escute-o, por favor; mas eu não posso sair detonando cidades, eu não sei se vc se lembra de mim, eunão sei se meu rosto ainda mora em seus neurônios, eu não sei o quanto de mim ainda resta em você; eu nunca senti isso antes, nunca senti tanta falta de alguém, nunca precisei tanto de um olhar; eu estou perdido, e desde q vc se foi, eu nunca mais me achei; vc levou de mim o meu norte, vc levou toda a minha direção, o meu caminho se apagou, o vento tratou de cegar meus olhos, eu preciso da sua luz, eu preciso de uma mão q me guie, eu preciso de algo q me leve até você; por favor, eu não agüento mais; teus olhos azuis me ofuscaram, seu cabelo, q vontade de tocá-lo, volte, por favor, volte.

A janela.

nós nos relacionávamos através de uma janela, eu na minha, vc na sua; vc, sempre tantando ousar, sempre tentando ultrapassar essa dimensão, e eu, pouco acostumado a mudanças, sempre com medo; com medo de mudar algo em nosso relacionamento, com medo de q, ao me tocar, seu encanto por mim desaparecesse, meu medo, meus medos; hoje, quase onze meses depois, a vontade q eu tenho não é apenas de sair da janela e tocar você; não, a vontade é muito maior do q essa; a vontade agora é de destruir essas paredes, arrombar os pequenos orifícios desta janela, quebrar tudo o q há entre nós, tudo, toda essa distância, todo esse meses, essa bagunça; quebrar esta vida sem você, q nada me valeu, quebra tudo, arrebentar, jogar aos ventos, rasgar, demolir, d-e-s-t-r-u-i-r, deixar em ruínas, não salvar um muro, um pequeno tijolo; quero gritar aos quatros cantos do mundo q eu quero você de volta, gritar do mais alto prédio, gastar minha voz ao máximo, emudecer em apenas um grito, porém dizer : eu quero você de volta; quero fazer um escarcel, quero por fogo no mundo, quero quebrar todas as coisas, destruir cidades, destruir florestas, quero tudo, quebro tudo, não quero nada entre nós dois, eu quero eu e você, juntos; quero destruir tudo, eu preciso chamar a sua atenção, e saber se vc ainda se lembra da minha existência, eu não quero q reste nada, q é pra ver se você volta, que é pra ver se você volta, que é pra ver se você volta pra mim.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

palavras passadas

hoje eu ouvi falar d euma tal de liberdade, e ouvi também alguma coisa como vento no rosto, e velocidade,e não sei pq, mas aquelas frases soaram como ecos para mim; parece q há muito tempo eu as ouvi; e enquanto eu as ouvia, hoje, não conectei umas às outras, me firmei apenas nessas expressões, e depois, dpeois pensando sobre isso eu me lembrei de onde eu ja as conhecia; é, o seu mundo era isso, era a velocidade, com o vento batendo no rosto, e toda a sensação de liberdade q isso te proporcionava... tudo me faz lembrar você, tudo... ja vai longe o tempo, mas espero... espero.

sábado, 18 de abril de 2009

To find my love.

uma coisa q eu tenho gostado muito é de andar de metrô todas as manhãs, acho incrível a velocidade daquilo, e como vou de um lado da cidade ao outro em apenas 5 minutos; é realmente interessante; mas não é isso o q mais me intriga, o q me intriga é ver aquelas pessoas todas, todos aqueles homens, mulheres, aquelas crianças com olhos quase fechando de tanto sono, aquelas senhoras q parecem estar ali só para atrapalhar a nossa vida... gosto de observar as pessoas, gosto, mais ainda, de imaginar por quantas eu me apaixonaria, e com quantas eu me daria bem, com quantas eu teria filhos, quem dali poderia ser meu melhor amigo, quem me daria aquele abraço as vezes necessário... mas não, estamos todos ali, um fingindo q o outro não existe; muitas evzes nos fazemos de invisíveis, com óculos escuros e fones de ouvido, e por vezes estamos com um livro tbm, pois é um ótimo esconderijo; ainda acredito, o meu amor pode estar em qualquer vagão, em qualquer degrau da escada rolante, só preciso dar um epsaço para vê-lo.

terça-feira, 14 de abril de 2009

(love) Is for vendeta.

eu sempre sofri muito por amores não-correspondidos; sempre, fato; sempre me iludi pensando q meu amor platônico pudesse olhar pra mim e se apaixonar, sempre achei q histórias das novelas das 9 aconteceriam cmg (de fato, as vezes algumas coisas acontecem, mas nunca no ramo do amor); sempre quis alguém só para mim, e sempre achei q isso me faria feliz; porém algo me intriga, quando me vingo de algum desses amores platônicos fico incomparavelmente mais feliz do q se estivessemos juntos; interessante, não...

(re)Nascer.

Sinto-me nascido a cada momento
para a eterna novidade do mundo...
isso é o q o sábio Fernando Pessoa diz quando se passa por Alberto Caeiro, no livro "O guardador de rebanhos", no poema II; e é assim q vou levando, me sentindo um novo eu a cada passo, me sentindo uma nova pessoa a cada conquista, me sentindo um novo indivíduo a cada nascer do sol, e vendo como mudei do nascer ao pôr-do-sol; não sei se isso é bom, e nem posso julgar se é ou não lícito para mim nascer e renascer a esta velocidade, pois nem sempre me torno uma pessoa boa; sometimes me torno o ser mais vingativo e cruel q ja vi, outras vezes me sinto um daqueles velhos, derrotados e frustrados da vida, q só ficam em casa, sentando em frente à televisão, comendo chocolate, engordando, naquele tédio mórbido, esperando o dia de morrer; outro dia me peguei pensando nisso, me modifico, me reinvento, mas meus outros eus não saem de mim, e como eu gostaria q as lembranças desses outros eus fossem embora; ja pensei em apagá-las, ja pensei em jogá-las do mais alto prédio, ja pensei em enterrá-las na terra, mas me parece q minhas mágoas usam bóias, ou sabem nadar, elas nunca são afogadas; nunca me arrisquei a afogá-las em copos de álcool, nunca tentei enterrá-las em cocaína, nunca, mas as vezes essa me aprece a única solução, fumá-las, injetá-las; mas não, não posso, o q a sociedade pensaria de mim, eu, o menino prodígio, o menino exemplo, aquele do sorriso no rosto todos os dias, o mais engraçado da sala, como eles me veriam no futuro? o menino drogado q acabou com a própria vida e com a família? não posso, não; sou minha imagem, e sou o q pensam dela, sou a imagem na cabeça dos outros,e detesto pensar q posso decepcionar essa minha imagem, esse meu busto; não sou mais q uma imagem, de vez em quando tento ser inteligente, mas não consigo nem escrever uma redação de 30 linhas, quem dirá fazer algo inteligente; minha baixa auto-estima deve te aterrorizar, por favor, não se torture; meus chocolates me esperam, minha vida tediosa e tão normal me aguarda, minha vida não é uma série de tv, e nunca irei à festas tão glamurosas, nem viverei em nova york, rodeado de amigos q furam os olhos um dos outros; acho essa nossa sociedade muito interessante; em nossa terra de cegos, o q mais importa, para alguns, é a beleza; e não posso negar isso, quanto dinheiro ja gastei em razão de uma pele perfeita, quantas horas no espelho para ver o esmalte dos dentes, quantas vezes por mês visito minha cabelereira e penso em como mudar; mudar o cabelo é renascer, renascer a imagem q as pessoas fazem de vc, e é isso o q eu não quero, ainda quero minha imagem perfeita, meu busto em mármore, minha honra, e minha dignidade; é tudo o q eu quero.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Ao meu passado:

vc vai sofrer, é importante q vc saiba disso; e é bom eu ja começar essa carta com um choque, pois aí vc lerá; e aqui quem escreve sou eu e vc, pois aqui eu escrevo sobre as cosias q vc fez, é vc no futuro quem desenha estas letras nesta folha de caderno e envia não se sabe para onde; quem
sabe eu possa rasgar isso aqui e jogar ao vento, e quem sabe o vento não leve isso a você.

neste exato momento vc está olhando o céu cinza da sua cidade cinza e vc está cinza, essa cidade tomou conta de vc; o caos dela transformou você, acredite, esse menino todo calmo q lê isso neste exato momento, dentre alguns anos, será ao mesmo tempo caótico, e ao mesmo tempo tedioso, assim como o cinza; o cinza é tedioso e calmo, como pode ser vc caótico e calmo, é simples; quando uma bomba cai, primeiro ela destrói tudo, depois ela levante uma nuvem de poeira, e vc é exatamente aquele silêncio depois da destruição, o silêncio depois dos gritos, o silêncio depois de sonhos destruídos.

seria bom se vc não fosse um fanático por idealizações, mas não posso escrever sobre isso, vc sou assim, eu é assim; idealiza, e idealiza demais, e acredita q se casará ainda jovem, para viver muito tempo ao lado do seu amor, mas, leia bem, aqui, no futuro o amor ja morreu para você, o amor ja não existe, e ja faz quase um ano q vc não diz q ama ninguém, nem a sua mãe; no caso, ela vai quebrar as suas pernas, e dizer coisas horríveis a você, o seu pai será paciente, como sempre foi, e vai perceber q precisava te dar atenção na infância, mas, quando ele perceber isso, vc ja será grande,e só conversará sobre algumas músicas com ele, e pedirá dinheiro.

vc se transformará em uma pessoa muito materialista,e saiba q toda essa sua inteligência será esquecida no futuro, vc será a sociedade das aparências,e sim, o mundo todo estará dentro de você, a sociedade, a cultura, o caos cotidiano, a insanidade, a depressão, o stress absurdo; vc será uma bomba explodida, o silêncio mais profundo, e de repente, um grito de socorro ecoará pelo vento, vc será o silêncio, vc será o grito.

lembre-se sempre q família é a base de tudo, mas q nem sempre vc poderá contar com eles, a sua família realmente não te entende, e nunca entenderá, o seu pai e a sua mãe são mais tradicionais do q vc imagina, e o resto da sua família, bom, vc ja sabe como eles são, e ficará pior; mas nunca haverá desunião, a família é a base de tudo, e enquanto vc puder, busque nela o amor da sua vida, apaixone-se por ela.

seus amores foram frustrados, todos, até agora; e não acredito q haverá algum q não seja, o último foi avassalador, e levou tudo o q vc tinha, tudo; os outros foram utópicos, como eu ja disse, pare de idealizar, não existem contos de fada, e aquelas belas histórias da infância virarão contos de terror, ou no mínimo literatura fantasiosa, vc não lerá isso para os seus filhos.

queria q vc brincasse mais na infância, e q tivesse amigos da infância, hoje em dia vc tem poucos amigos, e quase nenhum liga pra saber como vc está; a melancolia sempre toca você, e vc semrpe diexa esse toque invadir o seu ser, e isso te transformará no q vc é hoje em dia; uma máquina, sem sentimentos, sem vida, sem amor; e sem ninguém.

domingo, 12 de abril de 2009

Fácil/Difícil.

minha mãe realmente não sabe quem eu sou, realmente; ela acaba de soltar mais uma de suas sábias pérolas: a coisa mais difícil de se achar é alguém q goste de vc; não me diga isso, mamãezinha, eu ja sei, é como ensinar um velho pedreiro a levantar um muro, como ensinar um passarinho a não se perder por entre os prédios, eu já sei; encontrar alguém q te ame não é fácil, difícil é conviver com o sentimento de ter encontrado esse alguém, mas ter disperdiçado-o, não ter dado o valor merecido a alguém q merecia; difícil é amar alguém e ser amado.

Bússola.

perdi o norte, e assumir isso não é a coisa mais fácil do mundo; é assumir q se está perdido, q não há direção para seguir; e também q não há objetivo de onde chegar, nem como chegar; eu sempre tive tudo, sempre, nunca precisei lutar por nada, nunca precisei de força de vontade, e nem força nunca tive, sempre a tiveram por mim, minha vida foi fácil; mas vejo q não sou só eu, vejo uma geração toda assim, mas não estou aqui para falar dos outros, e sim de mim; sem norte, sem direção, sem rumo, esse sou eu, um menino perdido no meio de um caminho,e q constantemente cai, e não tem como levantar, de queda em queda vou me perdendo, e de vez em quando me encontrando em um outro alguém, de vez em quando me encontrando nos objetivos de outro alguém, e sendo levado por outro alguém; não q seja fácil eu me influenciar pelos outros, o problema é ser apegado, e se apegar rápido é a questão; quando o objeto de apego se vai, me perco, e perco meu norte, e começa este ciclo, todo outra vez.

sábado, 11 de abril de 2009

(des)Encontros.

começou com um simples e singelo Posso te ajudar, e de repente era como se fossemos amigos de infância, daqueles amigos q sofrem do mesmo problema, q os pais são exatamente iguais, q ja tiveram os mesmos sonhos, e q tantos planos juntos fizeram; foi assim, não sei em qual parte da conversa me perdi, ou em qual parte me envolvi mais, sei apenas q ao nos despedirmos e perguntarmos qual o nome do ouvinte eu ja sabia q éramos melhores amigos, e vc foi; por cerca de 30 minutos vc foi minha melhor amiga, e olha só, eu só sei o seu primeiro nome, só sei dos nossos pontos em comum, e eu nem sei se um dia eu te verei de novo; vc, com pastas na mão, uma bolsa enorme, falando pelo celular, procurando um bilhete único, e grávida, e eu, do outro lado da catraca do ônibus, vendo esta cena, no mínimo, desesperadora, tentei te ajudar, e o q fez eu me identificar com vc foi... foi... não sei, não sei se foi a sua melissa violeta, ou se foi ver vc toda perdida, precisando de uma ajuda q não se saberia de onde viria; então, resolvi estender a minha mão e te ajudar, e foi assim q eu disse Posso te ajudar; é isso q eu espero, essa mão q me ajude em um momento de caos, espero ainda ouvir um Posso te ajudar; é só isso, quero um eu mesmo, só q em outro corpo.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Prédios, buzinas e o coração.

eu sou a minha cidade; eu sou a minha são paulo, e a mesma concretude q se vê por aqui, se vê em mim também. não há rios q correm em mim, há no máximo um rio morto e poluído q corre pelas minhas veias; não há terra fértil em meu coração, há apenas asfalto, onde células-carro correm, e correm em uma velocidade tamanha q não conseguem analisar as paredes q as cercam; há pressa, há desespero; há também aquela angústia, e aquela solidão q vc encontra nas grandes cidades; há a vontade de acabar logo com tudo, de destruir; a autodestruição sempre me acompanhou;/ há caos, e sou caos, sou caótico, e talvez quem ande comigo nunca tenha percebido, mas sou um turbilhão de informações, sou um turbilhão de sons, sou um turbilhão de pessoas e mentes em um mesmo segundo, sou a saudade dos tempos onde tudo era verde, e no rio havia peixes e seres vivos; tenho é saudade dos tempos das minhas avós; meu céu não tem estrelas, tem, no máximo, alguns poluentes q saem dos carros e das fábricas; no meu chão não tem vida, na minha vida, não tem chão; aqui o fator cronológico não faz diferença, ontem ja foi faz tempo, mas um ano atrás ainda está ao meu lado, caminhando de mãos dadas comigo; eu sou o que a minha cidade é, eu sou São Paulo em todos os aspectos, tenho uma São Paulo dentro de mim, e não apenas uma, tenho muitas, pois minha cidade não é uma só. é todas, no mesmo corpo.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

prisão.

eu preciso é me soltar do meu passado, deixá-lo onde ele deve estar, no passado; passou, passou, e é isso o q eu preciso por na minha cabeça; não voltará, preciso é matar as esperanças imortais q ainda existem na minha mente, preciso quebrar estas correntes q tanto me prendem, e q colocam um cabresto na minha vista, porém um cabresto q não me deixa olhar pra frente, mas q faz com q eu olhe sempre para trás, sempre o passado, sempre vendo a vida lamentando o q passou; sempre pensando q deixei a água, fonte de vida, escorrer pelos meus dedos; deixei a calmaria e a tranqüilidade irem embora com a força do vento q bate na minha cara no metrô, deixei ir embora; eu só queria q tudo voltasse, faz quase um ano, e olhe onde estou, no mesmo lugar; ainda pensando em você, e pensando na nossa vida, e pensando na sua vida, e te querendo, e te amando, e precisando dos seus abraços imaginários, dos seus olhares imaginários, do meu você, do nosso amor; imaginário.

domingo, 5 de abril de 2009

a verdade é que ninguém é atingido por um raio em um dia de sol.

sábado, 4 de abril de 2009

bombardeio

é me descontruindo q me conheço mais, é tirando o eu de mim q me reconheço melhor, é saindo da primeira pessoa do singular; é assim, quanto mais eu me descontruo, mas descubro as minhas essências, e mais descubro o meu interior; e agora, o que ja era morto pode voltar, e o q está e q não deveria estar, pode se acabar; são bombas em uma cidade, e ao longe pode-se ouvir uma sirene de ambulância, é apenas uma ambulância, mas mais chegarão.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

a verdade é q eu te idealizei demais, e, tipo, vc é só mais um alguém; um alguém de uma noite, em algum lugar, nada mais q isso, e nunca deixará de ser; vcs são todos humanos, todos os mesmos, tudo farinha do mesmo saco; carros parados no farol, esperando o sinal verde para correr, e parar no próximo semáforo, onde o farol se encontrará vermelho; e é sempre o mesmo ciclo.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

hoje todas as peças se encaixaram na minha cabeça e eu finalmente pude compreender o porquê q tudo aconteceu cmg, e o porquê aconteceu como aconteceu; pelo simples fato de vc gostar de mim, mas eu não conseguir gostar de mim mesmo naquela época; hoje estou eu aqui, feliz comigo mesmo, e sem você.