quarta-feira, 8 de abril de 2009
Prédios, buzinas e o coração.
eu sou a minha cidade; eu sou a minha são paulo, e a mesma concretude q se vê por aqui, se vê em mim também. não há rios q correm em mim, há no máximo um rio morto e poluído q corre pelas minhas veias; não há terra fértil em meu coração, há apenas asfalto, onde células-carro correm, e correm em uma velocidade tamanha q não conseguem analisar as paredes q as cercam; há pressa, há desespero; há também aquela angústia, e aquela solidão q vc encontra nas grandes cidades; há a vontade de acabar logo com tudo, de destruir; a autodestruição sempre me acompanhou;/ há caos, e sou caos, sou caótico, e talvez quem ande comigo nunca tenha percebido, mas sou um turbilhão de informações, sou um turbilhão de sons, sou um turbilhão de pessoas e mentes em um mesmo segundo, sou a saudade dos tempos onde tudo era verde, e no rio havia peixes e seres vivos; tenho é saudade dos tempos das minhas avós; meu céu não tem estrelas, tem, no máximo, alguns poluentes q saem dos carros e das fábricas; no meu chão não tem vida, na minha vida, não tem chão; aqui o fator cronológico não faz diferença, ontem ja foi faz tempo, mas um ano atrás ainda está ao meu lado, caminhando de mãos dadas comigo; eu sou o que a minha cidade é, eu sou São Paulo em todos os aspectos, tenho uma São Paulo dentro de mim, e não apenas uma, tenho muitas, pois minha cidade não é uma só. é todas, no mesmo corpo.
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