quinta-feira, 23 de abril de 2009

A janela. III

(para destruir janelas, paredes e muros não é necessário só força ou coragem, é necessário também saber se do outro lado há o desejo desta destruição; não posso apenas pegar meu martelo e começar a destruir barreiras há tanto tempo impostas, não posso chegar e invadir a sua vida, preciso saber, antes, se vc aceita estes escombros, se vc aceita este mundo destruído; ou melhor, preciso saber se vc me ajudará a destruir tudo o q há entre nós dois; não sou apenas eu quem destruirei barreiras, vc tbm terá de me ajudar, vc tbm quebrará dias, meses e, talvez, juramentos q tenha feito, juramentos do gênero nunca mais; eu nunca jurei nada sobre você, eu nunca mais pensei sobre você; deixei tudo como estava, como num velho museu em q não tiram o pó há décadas, tudo ainda está aqui, e eu me recuso a pensar sobre se o seu amor era mentira, ou era verdade, vc me disse q era verdade, pois então, verdade será; vc me disse tantas coisas, e todas ainda estão aqui; eu espero, um dia, olhar para você, e ter a certeza de q tudo valeu a pena, e q todas essas paredes, barreiras, tijolos, centésimos, segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos de distância, se tudo isso valeu a pena; eu preciso sabe.) há tanta coisa sobre nós dois q eu ainda preciso saber...

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