quinta-feira, 23 de abril de 2009

A janela. IV

e eu não posso simplesmente colocar a minha boca para fora da janela e gritar, por, não, eu não vou apenas lhe pedir uma segunda chance, eu vou ao topo da minha voz, eu vou implorar, rastejar, e pedir para q vc volte, volte para mim; a minha janela agora está aberta, e eu nada vejo lá de fora, nem vultos, nem imagens, o vento nem sequer sopra por aqui, minha janela está aberta, e tudo o q eu vejo lá fora é um vazio, tudo está repleto de coisas vazias, não há vida nas árvores, os carros por aqui não passam mais, as pessoas que antes habitavam estes prédios há tempos se foram, tudo ficou vazio, tudo ficou escuro, tudo ficou gelado, não há nada, não há nada, não há nada.

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