não tem sido fácil ser cristão nos últimos tempos. mas eu entendo, por um lado não sei se fui eu quem tomei essa decisão, ou se foi (mais) uma das decisões dos meus pais sobre a minha vida. mas isso não vem ao caso. vem ao caso q eu ja estou na idade de decidir coisas, e decidi ser cristão. talvez, se tivesse nascido em um lar espírita, ou católico, não mudaria para ser cristão, pq é mt cômodo viver sempre na mesma religião, e na mesma religião q todos os seus familiares. milhares de perguntas são anuladas, não são feitas, e vc nao fica sendo a ovelha negra da família - pelo menos não no aspecto religioso.
o que convém para o momento é: não está fácil ser cristão. você pode se perguntar o motivo de eu usar os dois verbos "estar" e "ser" e não substituí-los apenas por "é", mas eu não devia me importar com sua opinião, acontece q eu me importo e explico: não está fácil. antes era. agora, não está. talvez amanhã volte a ser fácil ser cristão. mas por hora, não está.
quando se opta pela vida cristã uma das primeiras coisas que se aprende é um verbo simples, de fácil conjugação, e q parece de fácil prática, quando, no super mercado vc esbarra em alguém e apenas diz "perdão", e nem olha no rosto daquela senhora gorda mãe de duas filhas comprando três caixas de leite. Perdoar. este é o verbo. é uma das primeiras coisas que aprendemos na vida cristã, pq desde pequenos aprendemos q Jesus morreu na cruz para perdoar os nossos pecados. em uma frase parece realmente simples "Jesus morreu na cruz para perdoar os nossos pecados", mas, pera aí, na vida real isso não é muito simples. vou contar a historia desde o começo, and it's not easy for me.
eu sou gay. desde os 14 anos. desde novembro de 2005, quando senti q aquele amigo era mais q um amigo. meus pais vieram a descobrir num domingo q nós aqui de casa não fomos à igreja, pq estávamos com preguiça. era 14 de outubro de 2007. não foi fácil, e as vezes não é fácil. mas hoje em dia é mais fácil ser gay do que cristão. quando meus pais descobriram foi bem complicado, entretanto, que foi mais racional nas palavras foi o meu pai. a minha mãe, histérica & dramática apenas berrou, se trancou no quarto e se fingiu de morta por uma semana. sendo que todas as vezes q dirigiu a palavra a mim foi apenas para falar absurdos. ok. anos se passaram, a política "don't ask, don't tell" reina aqui em casa e no resto da família. e ok, é fácil. mas não é essa a história de hoje. (fim do prelúdio).
Há 6 meses descobrimos que meu pai tinha um caso extraconjugal. um caso extraconjugal com uma menina de 18 anos. eu sou o filho mais novo: tenho 21 anos. meu pai teve uma amante com uma idade que nem eu pegaria. ele tem 50 anos. não é pedofilia, não é estupro consentido. é permitido por lei. adultério não é mais crime, e se fosse, nunca conseguiríamos uma condenação dele por tal ato pelas leis brasileiras, pois para configurar crime, era necessário o devido flagrante. e como pegaríamos meu pai no flagra se o caso era e belém do pará? o motivo dessa história é: devo perdoar meu pai por um caso extraconjugal porque ele foi mais paciente ao saber sobre minha orientação sexual? a minha mãe está louca. overdoses de calmante não a fazem dormir. conseqüentemente ela está deixando todos loucos. em relação a ela é fácil, devo ser paciente, bondoso, ajudá-la no que for preciso, and honestly, I've been trying too hard. entretanto, o problema é em relação ao meu pai. enquanto ele estava longe, era simples, eu fingia q nada tinha acontecido e ligava para pedir dinheiro, apenas. mas agora. ele está aqui, e o problema está todo aqui. não está fácil ser cristão e não está fácil saber qual tipo de postura devo tomar. devo ser do time q quer o divórcio e q não quer nunca mais vê-lo, ou devo ser do time cristão e perdoá-lo, por mais absurdo q isso possa parecer, foi para pensar assim q eu fui criado. não é fácil pensar em perdoá-lo. ele sempre foi um ícone para mim, sempre pensei nele como um herói. uma pessoa q literalmente saiu da favela e conseguiu se formar em duas faculdades, tem um bom apartamento, mantém a casa, sustenta três filhos, os três com boa faculdade, e nunca teve nada de imoral para ser questionado em sua vida. minha vó o levou à igreja no início da adolescência e de lá ele nunca saiu. tem dois irmãos pastores e uma família incrível, ótima, louca, como toda a família. todos cristãos. mas agora, aos 50 anos, ele fez isso. e não foi apenas uma vez q ele se encontrou com a menina. foram meses. foi uma vida dupla. foi o suficiente para destruir tudo o q eu construí sobre ele, o suficiente para acabar com a vida da minha mãe, e para acabar com tudo o q tínhamos construído sobre a imagem dele de excelente (?) pai, excelente marido, cristão exemplar, e tudo mais. apenas não sei como lidar.
o meu chip, aqui dentro, foi programado para ser cristão, e assim, aprendi q devo sempre perdoar, por pior q seja o q a pessoa fez. mas, como perdoar uma traição assim. parece idiota, mas não é. devo perdoá-lo por ele ter me "aceitado"? como vou eu colocá-lo agora porta a fora, se anos atrás ele não fez isso cmg? como seguir em frente?
esta é a conclusão: não está fácil ser cristão nos dias atuais. não está fácil pensar em perdoar o maior crime moral q eu ja vi. não é fácil perdoar quando é no seu quintal. não é fácil ser cristão. não é fácil conviver com essa maré de dúvidas. não é fácil.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
domingo, 1 de maio de 2011
a questão é q eu só me sinto como um peixe fora d'água, e vivo numa constante dúvida, se me torno um menino normal com uma camiseta da abercrombie e músculos definidos, ou se eu grito bem alto essa minha diferença com uma roupa de ombreiras gigantescas, um salto gigantesco, uma maquiagem de caveira e vou à aula assim. na verdade, eu acho q tanto faz se eu estiver vestido como um cara normal,ou se estiver vestido de lady gaga, eu sinto aqui dentro, bem dentro, q no fundo, no fundo, esse mundo não é pra mim, ok, i was born this way e oh, there's no other way, baby i was born this way, mas, me sentir assim chega a doer fisicamente, e na maioria das vezes eu só queria sair correndo e entrar embaixo da minha cama, me esocnder e chorar o dia inteiro, sem ninguém perceber, pq na maior parte do tempo, quando não estou sendo feito de escravo/palhaço, na maior parte do tempo, eu só queria estar era aqui, trancado no meu quarto, sem ninguém, sozinho e me deixa, eu quero ficar sozinho.
sábado, 30 de abril de 2011
há muito tempo eu não venho aqui, e uma das razões (vou fechar a porta) e uma das razões é q há muito tempo eu não olho mais pra mim mesmo; qur dizer, olhar eu olho, no espelho, pra ver aquela espinha nova, ou então pra ver se Já está na hora de fazer a barba mais uma vez, q droga, o q eu quero dizer, se é q vc aind anão entendeu, é q eu não olho mais pra mim mesmo. nem pra mim, e nem pra ninguém. e eu sinto como se também ninguém mais olhasse pra mim. olham, olhar, olham, mas olham pra ver Como aquele menino engordou, ou como ele come, ou a roupa q ele está vestindo, mas ninguém olha com gente, pq aquele menino sorri tanto, falatanta piada, como ele güenta? desculpa, não é nada disso q eu queria dizer. eu só queria dizer q dentro de mim tem um vulcão precisando sair. um vulcão. uma hora dessas eu vou acabar explodindo, ou por comer demais, ou por guardar tantas palavras, tanto choro, tanta raiva, tantas coisas. a inspiração não veio, eu já volto...
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Senhor,
sabe, acabo de ir à cozinha da minha casa e me surpreender: havia uma mosca voando. comecei então uma tentativa de matá-la, ou de guiá-la até a janela e aí ela não precisaria ser morta. acotneceu q no meio desse conflito físico entrei em um conflito psíquico, queme stá mais preso, eu ou aquela mosca (que no final das contas acabou sendo estraçalhada pelo meu pano-de-prato)? Eu, definitivamente. não me causa espanto, mas, hoje mesmo vi uma notícia que em alguma cidade perdida no interior desse país uma jaguatirica foi encontrada num quintal, em cima de uma árvore, e retorno à questão, quem está mais preso, eu ou a jaguatirica? e a resposta é a mesma, eu. sou eu quem estou mais preso. estou preso, pelos meus conflitos, pela minha situação, e me prendendo cada vez mais por causa de dúvidas, e pela cegueira que ainda insiste em habitar minh'alma. estou em um momento complicado da minha vida, e então, como aprendi desde criança, tudo nós devemos falar ao Pai, e relatar a Ele não só os nossos problemas, nem só as coisas q nos incomodam, mas tudo. e para ser bem sincero, não faço isso sempre. há dias em q converso com Ele como se fosse um amigo q estivesse ao meu lado sempre, há dias em q eu me lembro dEle antes de dormir, e há dias... não há dias em q haja esquecimento, masnão sei, há dias em q o sono me domina, ou a tristeza, ou o desanimo, e agora, falaremos desses dias, desses dias em q não há vontade. não é q falte vontade, ou q haja desistência, mas há dias em q não encontramos forças, e estou numa época desssas, sem forças. ja pedi a Ele q me desse forças, ou q meus pedidos (na verdade, tenho feito um único pedido há meses) fossem atendidos, mas nada acontece, e estou em um silêncio profundo há tempos. e esse silêncio me mata. não posso reclamar, nada tem faltado na minha casa. além de amor, carinho e proteção, temos arroz, feijão, carne e escovas de dentes todos os dias, e por isso eu agradeço sempre, a todo instante, sempre q penso nEle, sempre q vejo tudo o q está diante de mim em minha casa, não deixo de agradecer por nada. eu só queria q o meu pedido fosse atendido, e Caeiro, cale agora o seu verso sobre "dar-nos mais, seria tirar-nos mais", por que o q mais poderia me ser tirado? tenho o básico, vivo do básico, e tudo o q eu peço é um algo a mais, e peço há quase 6 meses. parece as vezes q Ele lá em cima não nos ouve, mas a minha vinda inteira, sempre me disseram q sim, ele nos ouve em tudo, e q para tudo tem um plano e um propósito. qual o propósito em me fazer passar pelo o q estou passando? tenho me torturado diariamente, a batalha pelo mundo universitário é cada dia mais árdua, e todos os poros da minha pele sabem como eu tenho me sacrificado por isso. sofro pressão por todos os lados, e principalmente, pressão de mim mesmo. eu preciso mudar algo nessa situação, mas, o q posso eu fazer? meu pedido, se estivesse ao meu alcance, eu ja o teria realizado,mas não, não posso, não está em mim o poder para realizá-lo, e então me recorro à minha fonte de socorro, mas esta parece q secou, ou q não me ouve mais. e então, vem um sentimento q é capaz de destruír qualquer um. qualquer homem, qualquer mulher. a culpa. a culpa vem vestida de preto e com uma foice (esta é muitas vezes a visão q nós temos da senhora morte, mas a culpa é algo q nos mata por dentro, e deixa o corpo vivente, assim nos transformamos em zumbis ambulantes, nada mais justo do q descrever a culpa como descreveria à morte)e pronto, vai uma no coração, uma na cabeça e ja não tenho mais forças nem para continuar a estudar geometria, nem para me concentrar em nada. a senhora culpa tem me corroído cada dia mais, e cada dia aperta mais o meu pequeno coração (não digo pequeno por causa do sentimentalismo, ms pq venho meu punho fechado, e sei q é pequeno. não é essa a proporcionalidade?) e a culpa me destrói. me cega. é impossível passar pelos meus problemas, iver na situação em q eu vivo e não se culpar. e então eu me recorro a Ele, mas o telefone está mudo, ou fora do gancho, ou ocupado, e poxa vida, Senhor, quando chegará a hora em q meu pedido será atendido? não é Você quem é unipresente e está em todos os lugares ao mesmo tempo? pq não está aqui, resolvendo este meu único pedido? por quê? o cansaço vem batendo, e as forças vão se acabando, enquanto isso eu, do fundo do poço, olho para o céu e peço mais uma vez: Senhor, atenda ao meu pedido, por favor?
domingo, 5 de julho de 2009
domingo = tédio
não sei, mas é um problema meu, e meu blog é onde desabafo; não agüento pessoas feias, e aquela desculpa de "vc não sabe como ele é legal" não rola cmg. hoje eu estou chatíssimo desde a hora em que fui acordado acordei. estou extremamente mal humorado, e não aguento mais certaz situações na minha vida. estou com problemas demais, e preciso começar a resolver os problemas mais fáceis. acontece q as vezes os mais fáceis se tornam os mais difíceis.
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