sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Senhor,

sabe, acabo de ir à cozinha da minha casa e me surpreender: havia uma mosca voando. comecei então uma tentativa de matá-la, ou de guiá-la até a janela e aí ela não precisaria ser morta. acotneceu q no meio desse conflito físico entrei em um conflito psíquico, queme stá mais preso, eu ou aquela mosca (que no final das contas acabou sendo estraçalhada pelo meu pano-de-prato)? Eu, definitivamente. não me causa espanto, mas, hoje mesmo vi uma notícia que em alguma cidade perdida no interior desse país uma jaguatirica foi encontrada num quintal, em cima de uma árvore, e retorno à questão, quem está mais preso, eu ou a jaguatirica? e a resposta é a mesma, eu. sou eu quem estou mais preso. estou preso, pelos meus conflitos, pela minha situação, e me prendendo cada vez mais por causa de dúvidas, e pela cegueira que ainda insiste em habitar minh'alma. estou em um momento complicado da minha vida, e então, como aprendi desde criança, tudo nós devemos falar ao Pai, e relatar a Ele não só os nossos problemas, nem só as coisas q nos incomodam, mas tudo. e para ser bem sincero, não faço isso sempre. há dias em q converso com Ele como se fosse um amigo q estivesse ao meu lado sempre, há dias em q eu me lembro dEle antes de dormir, e há dias... não há dias em q haja esquecimento, masnão sei, há dias em q o sono me domina, ou a tristeza, ou o desanimo, e agora, falaremos desses dias, desses dias em q não há vontade. não é q falte vontade, ou q haja desistência, mas há dias em q não encontramos forças, e estou numa época desssas, sem forças. ja pedi a Ele q me desse forças, ou q meus pedidos (na verdade, tenho feito um único pedido há meses) fossem atendidos, mas nada acontece, e estou em um silêncio profundo há tempos. e esse silêncio me mata. não posso reclamar, nada tem faltado na minha casa. além de amor, carinho e proteção, temos arroz, feijão, carne e escovas de dentes todos os dias, e por isso eu agradeço sempre, a todo instante, sempre q penso nEle, sempre q vejo tudo o q está diante de mim em minha casa, não deixo de agradecer por nada. eu só queria q o meu pedido fosse atendido, e Caeiro, cale agora o seu verso sobre "dar-nos mais, seria tirar-nos mais", por que o q mais poderia me ser tirado? tenho o básico, vivo do básico, e tudo o q eu peço é um algo a mais, e peço há quase 6 meses. parece as vezes q Ele lá em cima não nos ouve, mas a minha vinda inteira, sempre me disseram q sim, ele nos ouve em tudo, e q para tudo tem um plano e um propósito. qual o propósito em me fazer passar pelo o q estou passando? tenho me torturado diariamente, a batalha pelo mundo universitário é cada dia mais árdua, e todos os poros da minha pele sabem como eu tenho me sacrificado por isso. sofro pressão por todos os lados, e principalmente, pressão de mim mesmo. eu preciso mudar algo nessa situação, mas, o q posso eu fazer? meu pedido, se estivesse ao meu alcance, eu ja o teria realizado,mas não, não posso, não está em mim o poder para realizá-lo, e então me recorro à minha fonte de socorro, mas esta parece q secou, ou q não me ouve mais. e então, vem um sentimento q é capaz de destruír qualquer um. qualquer homem, qualquer mulher. a culpa. a culpa vem vestida de preto e com uma foice (esta é muitas vezes a visão q nós temos da senhora morte, mas a culpa é algo q nos mata por dentro, e deixa o corpo vivente, assim nos transformamos em zumbis ambulantes, nada mais justo do q descrever a culpa como descreveria à morte)e pronto, vai uma no coração, uma na cabeça e ja não tenho mais forças nem para continuar a estudar geometria, nem para me concentrar em nada. a senhora culpa tem me corroído cada dia mais, e cada dia aperta mais o meu pequeno coração (não digo pequeno por causa do sentimentalismo, ms pq venho meu punho fechado, e sei q é pequeno. não é essa a proporcionalidade?) e a culpa me destrói. me cega. é impossível passar pelos meus problemas, iver na situação em q eu vivo e não se culpar. e então eu me recorro a Ele, mas o telefone está mudo, ou fora do gancho, ou ocupado, e poxa vida, Senhor, quando chegará a hora em q meu pedido será atendido? não é Você quem é unipresente e está em todos os lugares ao mesmo tempo? pq não está aqui, resolvendo este meu único pedido? por quê? o cansaço vem batendo, e as forças vão se acabando, enquanto isso eu, do fundo do poço, olho para o céu e peço mais uma vez: Senhor, atenda ao meu pedido, por favor?

domingo, 5 de julho de 2009

domingo = tédio

não sei, mas é um problema meu, e meu blog é onde desabafo; não agüento pessoas feias, e aquela desculpa de "vc não sabe como ele é legal" não rola cmg. hoje eu estou chatíssimo desde a hora em que fui acordado acordei. estou extremamente mal humorado, e não aguento mais certaz situações na minha vida. estou com problemas demais, e preciso começar a resolver os problemas mais fáceis. acontece q as vezes os mais fáceis se tornam os mais difíceis.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

contradição ao anterior

eu acabei de escrever sobre saudade, e lá vou eu me contradizer: não gosto de sentir saudade. se gostasse, provavelmente eu ligaria para meus amigos da escola, provavelmente olharia as fotos da minha formatura todos os dias, e provavelmente mandaria algum recado dizendo "vamos, vamos sair sim", mas os recados são sempre "a, marcamos qualquer coisa, qualquer dia" e essa qualquer coisa não aparece nunca, e por favor, qual dia é qualquer dia no calendário? eu não gosto das saudades. mentira, gosto de algumas. ai meu Deus, afirmo e nego. olha eu aqui, a contradição sem doçura. (3 minutos de pensamento). entendi. eu sinto saudades, e gosto das saudades, de ocasiões e tempos q podem ser repetidos, dos abraços, dos sorrisos. não gosto da saudade daquilo q nunca mais voltará, q é a escola, q são as piadas, q é aquele sarcófago feito à prota e q matava a todos de tanto rir. a saudade é uma contradição. as vezes doce, outras nem tanto.

a saudade

é engraçado e estranho ao mesmo tempo o q eu tenho sentido; saudades. mas não é aquela saudade q me mata, q me deixa triste, q faz cair lágrimas de mim, q me deixa raivoso, q me irrita, não. é aquela saudade boa, aquela vontade de te ter de volta rápido, é aquela esperança, é a saudade do riso dado ao seu lado, é saudade, é amor.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Glossina palpalis

não sei se é preguiça ou se é doença, mas nestes últimos dias minha rotina diária mudou, e se transformou em rotina notura, e a rotina noturna, continua sendo a mesma. o sono tem me perseguido. não sei se é forma de escapar da realidade em q tenho vivido, ou se é cansaço. não sei do q pode ser esse cansaço, pode ser de tudo, pode ser de todos; pode ser de mim mesmo. pode ser da realidade, ou da fantasia, pode ser da pressão. e isso me pegou também, a pressão. não sei se abaixou, e por isso tenho tanto sono, ou pode ter aumentado sobre mim, e por isso tenho tantado escapar dela por meio do sono, eu não sei, mas essa síndrome do sonho tomou conta de mim. são horas durante a tarde, horas durante a noite, e horas durante a manhã. e nunca estou satisfeito. quero sempre mais. insaciável. mergulhando cada vez mais neste mar, assim eu vou, até q eu me perca, ou me afogue.

domingo, 21 de junho de 2009

meus problemas não são tão grandes, minha infância foi feliz, tive apenas um grande problema na adolescência, dois amores q partiram meu coração, uma terapeuta q me ajudou em muito, um pai e uma mãe incompreensíveis, uma irmã invejosa, uma irmã sem posição, duas famílias religiosas, uma avó tradicional, uma avó mão-largada, um avô bom e desconhecido, um avô q me punha medo por seu jeito bravo de ser, mimos, uma mãe super-protetora, e uma redoma invisível.

domingo, 14 de junho de 2009

amar e seu novo significado

eu achei q nunca mais teria ninguém, e para ser sincero, eu ja deixara de acreditar no amor há muito tempo; o sonho com aquela paixão avassaladora ja não passava mais por aqui, e por este cérebro (e quem sabe pelo coração) o amor ja não era entendido, era desacreditado. e então eu comecei a criar paredes e muros entre eu e os meus sentimentos, e cada dia q passava essa proteção ficava maior. eu me protegi do amor e de suas dores, talvez pq eu só entendesse q o verbo amar trazia consigo o verbo sofrer, e tudo para mim foi tão relacionado, um com o outro, o outro com o um, e ja jurara: nunca mais sofreria por ninguém. mas então eu vi seus óculos escuros, e foi como se cada tijolo da minha proteção caísse, e minhas paredes desmoronaram, aos poucos, como deve ser. hoje não me protejo mais, e me entrego. minhas paredes e muros estão no chão, assim como meu antigo pensamento sobre amar e sofrer. agora, amar é sinônimo de ser feliz.

sábado, 13 de junho de 2009

acabei de ter uma certeza: parte do meu passado ficou para trás, e a página foi virada. agora eu quero é o meu presente, e quem comigo nele está, não me intersso mais em pessoas q se foram e q passaram, aquela novela mexicana em q eu vivia, acabou. (adeus, paola)

sexta-feira, 12 de junho de 2009

culpa

se existe um sentimento capaz de destruir corações, lares e vidas, este sentimento é a culpa; chega aos poucos, e como o fogo em uma floresta, começa se alimentando de pequenas gramas, para depois se fortalecer e engolir árvores gigantescas; eu sei como é ter este sentimento, e pior do q ter, eu sei como é conviver com ele. sempre achei q a culpe de tudo fosse minha: o copo que quebrou, fui eu quem o colocou ali, o garçom servindo-me um copo d'água, a luta de classes que eu, como capitalista, adoro; as crises financeiras enfrentadas pela família (são duas as versões deste fato que me matam) este menino só gera gastos, e nunca lucro, e sua desarmonia com Deus fez com que Ele jogasse uma nuvem de gafanhotos sobre a minha família. e pois é, Deus sempre faz com que eu me sinta o grande culpado por todas as coisas, sempre, e é difícil conviver com isso, pois eu, um menino criado dentro da igreja, não me vejo ateu, não me vejo desacreditando em Deus, mas as vezes... é tão difícil, é tão difícil me sentir parte da família, é tão difícil me sentir vindo da minha mãe e do meu pai, é impossível me sentir dentro da igreja, é impossível. eu me olho no espelho, e mesmo q falem q eu sou a perfeita junção do meu pai e da minha mãe, não os vejo ali, eu vejo um menino com um olhar perdido, com o sorriso quebrado, com sentimentos enlouquecidos, eu vejo um futuro temido, e um apego ao passado, e eu vejo a culpa, q me corrói, lá dentro, me corrói; e este lá dentro se reflete aquipor fora, se reflete nas olheiras, se reflete na pele cansada, se reflete na falta de vontade, na tristeza sempre contida; a culpa se apresenta a mim como a grande vilã, e Deus se apresenta a mim como Pai de amor, mas também, como aquele q me julga, q aponta aquele dedo imenso q Ele deve ter na minha cara e pronto, acaba cmg. por favor, não me dê mais motivos para me sentir culpado...

quarta-feira, 10 de junho de 2009

chove lá, chove aqui

tem chuva la fora, e tem chuva aqui dentro também. é como se uma só completasse a outra, ou então, se eu saísse pela janela, certamente a minha chuva se misturaria à chuva natural. é uma hipérbole, há um exagero, mas estou triste hoje; minha amiga se foi. quem agora me acordará com tão bom humor quando eu não for à aula, quem fará meus bolos tão gostosos, quem fará meus doces preferidos, quem arrumará meu quarto com tanta delicadeza, quem mais, além dela, sabe qual o lustra-móveis q o cheiro me agrada tanto, quem põe os meus enfeites de estante tão perfeitamente posicinados além dela? eu sentirei saudades, e vc foi uma perda insubstituível.

terça-feira, 9 de junho de 2009

capital em crise

mais uma vez minha vida mudará, e recomeçará por um ponto q eu ja conheço, e q eu sei as dificultade q enfrentarei; não será fácil, haverão momentos em que pensarei em desistir de tudo, e meu psicológico não agüentará por muito, mas preciso ser forte. ja sou grande, nas outras vezes em q recomecei eu ainda era pequeno, e via tudo com meus olhos pequenos (porém grandes nos sonhos), entretanto hoje meus olhos grandes me alertam q não poderei ter o mesmo comportamento q tive aos 11 anos, estou às vésperas dos 18, muita coisa mudou. muita coisa mudará. as primeiras q mudaram foram minha empregada doméstica e minha psicóloga, q já não exercem mais suas funções para mim. minha família mais uma vez passará por tudo o q ja passou, e mesmo tudo tendo passado, nós nos mantivemos unidos, e assim espero permanecermos, Deus nunca nos abandonou, e sua fidelidade nos seguiu (e também nos guiou) até o presente minuto, e sei q ainda estará conosco. a mão q segura na minha, agora, precisará estar mais presente do q antes, e ter mais paciência, pois a minha carência ja aumentou. eu sei, não será fácil. mas precisarei mudar e me adaptar a este novo modelo de vida. a crise social causada pelo capitalismo chegou a mim.

(e uma vontade de chorar q há muito tempo não vinha aos meus olhos, de repente passou por aqui)

sábado, 6 de junho de 2009

ver como sua cor mudava tão rapidamente, e como aquelas luzes projetavam-te à minha frente, sentir cada pulso da batida como um pulso dos nossos corações, ouvir a sintonia em q respirávamos, e sentir vc por perto de mim por tanto tempo, brigar no começo do dia, e acabar, ainda ao seu lado, quase dezoito horas depois, com sua cabeça em meu ombro; cantar, rir, abraçar e me envolver, ter vc como meu cachecol, meu agasalho e minha proteção, ser a sua proteção, o seu agasalho e o seu cachecol, fazer declarações ao seu de britney, lady gaga, e até mesmo de stefany, me declarar, ouvir declarações, ver todas as cores q tocavam em vc... nunca foi tudo tão perfeito, nunca tive alguém tão perfeito, nunca uma noite pode acabar tão bem, nunca, mas esta aconteceu, e foi, inimaginavelmente, a melhor da minha vida.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

procurei, por muito tempo enterrar o meu passado, ou parte dele; mas recentemente algumas coisas vêm acontecendo, e percebo o quão raza eram as covas q cavei, bastando apenas um pequeno sopro para logo se ver o caixão. enquanto o caixão está à vista, não há nada para me atormentar, um caixão é só um símbolo do fim, um fim inevitável, e sei q pouco a pouco a terra cobrirá mais uma vez esses caixões, até q eu finalmente possa caminhas livremente, sem vê-los, sem senti-los, sem sentir o mal cheiro q de lá sai; este cemitério q tão mal ja me fez parece cada dia mais longe, e assim será.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Emudecer

meus amigos nunca foram os melhores do mundo, e confesso, muitas vezes engoli muitos sapos para tê-los junto a mim, muitas vezes me rebaixei muito, abaixei a cabeça, e deixei passarem por cima, muitas vezes mudei de opinião só para ser da turma, muitas vezes fiz muitas cosias q agradaram aos meus amigos, mas hoje em dia, quando olho para trás vejo q de nada valeu o esforço; para os amigos q ainda guardo, nada precisei mudar, os amigos q sempre estiveram ao meu lado, sempre estiveram ao meu lado, os amigos q me deram as mãos, sempre me deram as mãos, e aqueles por quem eu mudei, mudaram, e mudaram, e mudaram de mim, e eu me mudei deles, e eu me mudei.

sábado, 30 de maio de 2009

Adolescência

a adolescência é mesmo uma fase de mudanças, e melhor dizendo, difíceis mudanças; como se ja não bastassem as psíquicas pelas quais passei, agora, mais do q antes, enfrento as corpóreas. é estranho ver isso, mas cada vez q tiro a camiseta e me olho no espelho antes do banho, posso perceber como os pêlos no meu peito têm crescido e aumentado o seu volume, ainda são pequenos, e mal fazem uma sombra, mas isso ja me assusta; não só essa mudança me deixa com medo, todas as manhãs, ao lavar meu rosto depois de acordar posso também notar como a minha barba tem se espalhado, cada vez mais, pelo meu maxilar, pelas minhas bochechas, garganta, e meu rosto, como tudo tem se tornado menos visível por causa destes pequenos pêlos; os que ficam ao redor do umbigo crescem mais velozmente do q consigo arrancá-los, e ja estou quase desistindo desta missão, sempre me encontro com algum machucado, ou alguma imperfeição na pele, de tanto q eu ja arranquei pequenos pêlos daquele mesmo poro; os genitais ja me acompanham há algum tempo, e estes não me incomodam, servem para cobrir meu sexo, e não deixá-lo tão à mostra, afinal, é para isso q usamos roupas, e eu diria q esta é a roupa do meu corpo, não q eu me envergonhe do meu órgão, nunca, mas simplesmente sinto q assim ele está mais protegido; a adolescências e suas mudanças, com as crises psicológicas e crises hormonais, quem nunca passou por isso, eu sei, é terrível passar, mas no futuro poderei perceber seus resultados, meu corpo de criança se vai, e é como se uma arnha trocasse seu exoesqueleto, e assim o trocasse, sempre q necessário.
eu posso ver o mundo sendo destruído, posso sentir escombros enconstando em mim, posso perceber como as paredes andam fracas utimamente, vejo portas q não se fecham mais e janelas q estarão para sempre abertas, sinto feridas q me tocam e não se curam, sinto frio e calor ao mesmo tempo, olhares q me desaprovam estão sobre mim em todo instante, cobrança, pressão, sono e tragédia, eu sinto tudo isso e tudo, de repente, veio até mim, chegou como um temporal daqueles q pareciam q não ser mais do q garoas; mentira, eu o vi chegando e sei a causa de tudo isso, eu ouvi os gritos q fizeram as primeiras gotas caírem, eu senti o vento forte no meu cabelo, eu vi o céu escurercer e ficar um roxo escuro, eu vi os raios e os trovões, eu senti tudo, tudo passou diante dos meus olhos, e nem para onde me esconder eu tinha, agora tenho, e sei q mesmo com o mundo se acabando eu só quero estar em um lugar, nos seus braços.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

mudanças

não tenho mais escrito muito por aqui; deve ser porque os gritos q soavam aqui dentro se acalmaram, e as águas q antes turbulentas eram, são agora, para mim, como pequenos riachos; tudo tem mudado de lugar, e onde havia dor e medo há agora calma e mansidão; o problema é se meu estômago quiser bater no lugar do coração.

domingo, 24 de maio de 2009

apaziguar/iluminar

como um interruptor vc tem sido na minha vida, um interruptor; tem me trazido a luz e me tirado dos momentos de confusão; me traz paz, descanço, um ombro, e muitas vezes vc é tudo o eu preciso; todo o desespero em q me encontrava vc foi capaz de me faz esquecer, e agora é tudo tão passado; o mar em fúrias q navegava agora se acalmou, a tempestade, momentaneamente, passou; as luzes se acendem quando estamos juntos, e enchergo um mundo sem poeira, sem neblina, sem destruição. interruptor.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

hoje o dia está surpreendente péssimo, e milagre, nem 8h da manhã ainda não são; minha mãe me infernizou praticamente antes de eu abrir meus olhos, o trânsito estava caótico, o metrô loltado e eu não estou nem um pouco afim de ter aula de matemática; suspeito q minha psicóloga tenha dito algo errado aos meus pais, e isso está causando na minha vida; meus problema fúteis continuam os mesmos, mas, há, who cares?

terça-feira, 19 de maio de 2009

culpa

é insuportável o clime q tenho vivido nos últimos dias; não tenho agüentado tanta pressão e esse clima pesado q estou sob, tem sido cada vez mais difícil, e me sinto cada vez mais precionado a ser o q não sou, e pior, usar uma máscara para tal fim; tem sido terrível ver a degradação aos poucos da minha família, e a culpa q sinto por ser o causador de tamanha dor não cabe em mim; é como se um câncer se alojasse em um corpo saudável, e aos poucos o deteriorasse, aos poucos a camada de células cinzas se espalha pelo corpo, transformando em cinza tudo o q toca; ou como o fogo q consome, q acaba, q finda tudo; este tenho sido; a razão de toda a dor.

domingo, 17 de maio de 2009

(in)Segurança

a insegurança sempre foi um dos meus pontos fortes (ou fracos), sempre me acompanhou, e nem da minha sombra se desgrudou; nunca, não me lembro do dia em q tive a segurança de dizer "farei" ou "não farei", não me lembro, e se não me lembro, é pq não existiu. estou numa ótima fase na vida, mas a insegurança ainda ta aqui sentada ao meu lado (ou quem sabe, dentro de mim); e o q se passa é: quero, mas não sei o q tornar-me-ei depois de; tenho medo de me tornar o ciúmes encarnecido, tenho medo de prender-te e de modificar-te, e não é isso o q eu quero, mas é o q eu ja fiz, e tenho medo de tornar a fazer. segurança com vc ja tenho, só falta ter cmg.

sábado, 16 de maio de 2009

amarrações e curas

hoje eu vi uma daquelas placas de joga-se tarô, búzios, e faz-se simpatias/ amarrações para o amor, e foi a primeira vez q eu não anotei mentalmente aqueles 8 digitos q sempre aparecem em negrito na última linha destes anúncios; me parece q hoje entendi q não se deve forçar o amor, não se deve amarrar alguém a vcê, tudo deve vir tranqüilamente, tudo o q tem q vir, virá, uma hora ou outra; hoje eu provei q o tempo cura, q o tempo é bom, q o tempo é grande; há um ano atrás eu nunca (n-u-n-c-a) diria q passaria pelo q passo hoje em dia; tudo mudou, muito se curou, e muito está por vir.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

O grito


é para mim q ele olha,e esses olhos arregalados de tanto terror se aterrorizam ao ver o q eu me tranformei; olhe para mim, sou só mais um vazio interior, com um consumismo exacerbado, não-compreendido como todos os outros adolescentes deste mundo, em constantes crises de identidade, em uma família conversvadora; explodido, acabado, hollywood trash, glamour decadente; chocolates, doces, comidas, refrigerantes, e todo tipo de porcaria; sou porcaria, sou tudo o q essa sociedade é, sou todos os problemas, e todo o caos desta cidade; sou tédio, depressão e estresse; sou irritação, sou manhã nublada e tragédia; sou o 11 de setembro, e os atentados ao metrô da espanha; sou o medo instaurado nas pessoas, e a tristeza do suspiro dado no metrô; sou o olhar vazio; a selvageria de um rio, a briga com o diabo, a briga com os anjos, sou, sou sou. tudo primeira pessoa, tudo egoísmo.

sábado, 9 de maio de 2009

Mágoas, mentiras e dinheiro.

equilíbrio? eu acabei de escrever sobre isso, e foi como se essa palavra nunca tivesse saído da minha boca; eu nem tinha tomado o café-da-manhã, e mais uma bomba ja explodira dentro de mim, jogando merda em todos ao meu redor inclusive em meus pais. tudo começou com um "hoje à noite vou ao cinema" e a frase seguinte, dita por meu pai, foi "não, hoje você irá à igreja". e neste exato momento a bomba tocou o solo; nem sei como foi, sei q me vi em pé, aos berros, gritando palavras contra o proferido pela boca paterna; o rio de águas calmas de repente se transformara em um maremoto, com navios, gritos e tudo mais. tentei me acalmar, e então logo começaram as perguntas do porquê não ir à igreja; disfarcei daqui, disfarcei d'ali, e não consegui, soltei a minha verdade; e dói em mim reafirmar a minha verdad; é algo q se eu pudesse, eu não faria, mas foi necessário, e então a briga começou, a gritaria começou, as mãos para o alto, as lágrimas, e todo aquele papo de decepção e "naquele dia, foi como se um filho tivesse morrido para mim"; não é fácil ouvir isso, mas não deve ser fácil falar tbm; muito menos sentir. como uma praga q se alastra pelo campo, ou uma chama de fogo q come o mato, isso foi se estendendo aos mais diversos pontos da minha vida, "nenhuma amiga presta, nenhum amigo é bom, a sua psicóloga é uma merda, e todo o dinheiro q eu gastei com ela vou querer de volta"; "se existisse um remédio q custasse um milhão de reais, eu comprava pra te livrar disso"; falaram sobre mudanças e mais mudanças, e q eu devo mudar, pq isso não me trará felicidade, não é isso o q querem pra mim. a pergunta é, eu quero mudar? mas eles não compreendem q é uma decisão minha, uma escolha minha, e q sim, terei de ser escravo de todas as conseqüências q isso me trará. eles me enxergam como se eu estivesse jogado numa viela, mas, não é assim q estou hoje em dia, não, não é; hoje em dia sei onde estou, sei quem sou e posso dizer q me amo e q tenho auto-estima; não sou mais aquele menino do outubro de 2006, cresci, amadureci; mas ainda não decidi.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

equilíbro

sinto q todo o caos passou da minha vida, momentaneamente. sinto q agora sou um rio de águas calmas, sob total controle. não me sinto mal, e todas aquelas palavras antes vomitadas, hoje se transformaram em poemas não simétricos, sem a preocupação da rima perfeita ou da métrica; minha vida agora é calmaria, e é a melhor sensação q posso experimentar.

terça-feira, 5 de maio de 2009

é, acho q as coisas mudaram, e mudaram ainda não sei se para o bem ou para o mal; espero q para o bem; voltei a sentir cosias q há aproximadamente um ano não sentia, e agora eu as sinto e as controlo; este período de um ano foi essencial para mim, aprendi a controlar paixões, equilibrá-las, o q é fundamental para se viver bem.

domingo, 3 de maio de 2009

O vento

foi para mim como uma grande tempestade de vento; eu podia sentir tudo sendo destruido, podia sentir e ver; mas não podia tocar, não podia materializar a destruição; não podia e nem posso tocar naquela destruição, pois hoje em dia já quase não há, e se há momentos em q me sinto triste, em outros, me sinto inteiro e recontruído; algumas coisas vêm mudando em mim, e não só em mim, mas nessa bagunça em q me transformei por alguns tempos; a tempestade passou, as ambulâncias vieram, veio a ajuda internacional, e veio, principalmente, a força da comunidade para ajudar a recontruir tudo o q era necessário.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

que rostos mais coalhados, nossos rostos adolescentes em volta daquela mesa: o pai à cabeceira, o relógio das paredes às suas costas, cada palavra sua ponderada pelo pêndulo, e nada naqueles tempos nos distraindo tanto como os sinos graves marcando as horas: "O tempo é o maior tesouro que um homem pode dispor; embora inconsumível, o tempo é o nosso melhor alimento; sem medida q o conheça, o tempo é contudo nosso bem de maior grandeza: não tem começo, não tem fim; é um pomo exótico que não pode ser repartido, podendo entretanto prover igualmente a todo mundo; onipresente, o tempo está em tudo; existe tempo, por exemplo, nesta mesa antiga: existiu primeiro uma terra propícia, existiu depois uma árvore secular feita de anos sossegados, e existiu finalmente uma prancha nodosa e dura trabalhada pelas mãos de um artesão por dia após dia; existe tempo nas cadeiras onde nos sentamos, nos outros móveis da família, nas paredes da nossa casa, na água que bebemos, na terra q fecunda, na semente que germina, nos frutos que colhemos, no pão em cima da mesa, na massa fértil dos nossos corpos, na luz que nos ilumina, nas coisas q nos passam pela cabeça, no pó q dissemina, assim como em tudo o que nos rodeia; rico não é o homem que coleciona e se pesa no amontoado de moedas, e nem aquele, devasso, que se estende, mãos e braços, em terras largas; rico só é o homem que aprendeu, piedoso e humilde, a conviver com o tempo, aproximando-se dele com ternura, não contrariando suas disposições, não se rebelando contra o seu curso, não irritando a sua corrente, estando atento para o seu fluxo, brindando-o antes com sabedoriapara receber dele os os favores e não sua ira; o equilíbrio da vida depende essencialmente deste bem supremo, e quem souber com acerto a quantidade de vagar, ou a de espera, que se deve pôr nas coisas, não corre nunca o risco, ao buscar por elas, de defrontar-se com o que não é; por isso, nunguém em nossa casa há de dar nunca o passo mais largo que a perna: dar o passo mais largo que a perna é o mesmo que suprimir o tempo necessário à nossa iniciativa; e ninguém em nossa casa há de colocar nunca o carro à frente dos bois: colocar o carro à frente dos bois é o mesmo que retirar a quantidade de tempo q um empreendimento exige; e ninguém ainda em nossa casa há de começar nunca as coisas pelo teto: começar as coisas pelo teto é o mesmo que eliminar o tempo que se levaria para erguer os alicerceres e as paredes de uma casa; aqueel q exorbita no uso do tempo, precipitando-se de modo afoito, cheio de pressa e ansiedade, não será jamiass recompensado, pois só a justa medida do tempo dá a justa natureza das coisas, não bebendo do vinho quem esvazia num só gole a taça cheia; mas fica a salvo do malogro e livre da decepção quem alcançou aquele equilíbrio, é no manjeo mágico de uma balançaque está guardada toda a matemática dos sábios, num dos pratos a massa tosca, modelável, no outro, a quantidade de tempo a exigir de cada um o requinte do cálculo, o olhar pronto, a intervenção ágil ao mais sutil desnível; são sábias as mãos rudes do peixeiro pesando sua pesca de cheiro forte: firmez, controladas, arrancam de dois pratos pendentes, através do cálculo conciso, o repouso absoluto, a imobilidade e sua perfeição; só chega a este raro resultado aquele que não deixa que um tremos maligno tome conta de suas mãos, e nem que esse tremos suba corrompendo a santa força dos braços, e nem circule e se estande pelas áreas limpas do corpo, e nem intumesçade pestilências a cabeça, cobrindo os olhos de alvoroço e muitas trevas; não é na bigorna que calçamos os estribos, nem inflamável a fibra com que tecemos as tranças de nossas rédeas, pode responder a que parte vai quem monta, por que é célere, um potro xucro? o mundo das paixões é o mundo do desequilíbrio, é contra ele que devemos esticar o arame das nossas cercas, e com as farpas de tantas fiadas tecer um crivo estreito, e sobre este crivo emaranhar uma sebe viva, cerrada e pujante, que divida e proteja a luz calma e clara da nossa casa, que cubra e esconda dos nossos olhos as trevas que ardem do outro lado, e nenhum entre nós há de transgredir essa divisa, nenhum entre nós há de estender sobre ela sequer a vista, nenhum entre nós há de cair jamais na fervura desta caldeira insana, onde uma química frívola tenta dissolver e recriar o tempo; não se profana impunentemente ao tempo a substância q só ele pode empregar nas transformações, não lança contra ele o desafio quem nãoreceba de voltao golpe implacável do seu castigo; ai daquele que brinca com fogo: terá as mãos cheias de cinza; ai daquele que se deixa arrastar pelo calor de tanta chama: terá a insônia como estigma; ai daquele que deita as costas nas achas dessa lenha escusa: há de purgar todos os dias; ai daquele que cair e nessa queda se largar: há de arder em carne viva; ai daqueel que queima a garganta com tanto grito: será escutado por seus gemidos; ai daquele que se antecipa nos processos das mudanças: terá as mãos cheias de sangue; ai daquele, mais lascivo, que tudo quer ver e sentir de moso intenso: terá as mãos cheias de geso, ou pó de osso, de um branco frio, ou quem sabe sepulcral, mas sempre a negação de tanta intensidade e tantas cores: acaba por nada ver, de tanto que quer ver; acaba por nada sentir, de tanto que quer sentir; acaba por só expiar, de tanto que quer viver; cuidem-se os apaixonados, afastando dos olhos a poeira ruiva que lher turva a vista, arrancando dos ouvidos os escaravelhos que provocam turbihões confusos, expurgando do humor das glândulas o visgo peçonhento e maldito; erguer uma cerca ou guardar simplesmente o corpo , são estes os artifícios que devemos usar para impedir que as trevas de um ladoinvadam e contaminem a luz do outro, afinal, que força tem o redemoinho que varre o chão e rodopia doidamente e ronda a casa feito fantasma, se não expomos nossos olhos à sua poeira? é através do recolhimento que escapamos ao perigodas paixões, mas ninguém no seu entendimento há de achar que devamos sempre cruzar os braços, pois em terras ociosas é que viceja a erva daninha: ninguém em nossa casa há de cruzar os braços quando existe a terra para lavrar, ninguém em nossa casa há de cruzar os braços quando existe a parede para erguer, ninguém ainda em nossa casa há de cruzar os braços quando existe o irmão para socorrer; caprichoso como uma criança, não se deve contudo retrair-se no trato do tempo, bastando que sejamos humildes e dóceis diante de sua vontade, abstendo-nos de agir quando ele exigir de nós a contemplação, e só agirmos quando ele exigir de nós a ação, que o tempo sabe ser bom, o tempo é largo, o tempo é grande, o tempo é generoso, o tempo é farto, é sempre abundante em suas entregas: amaina nossas aflições, dilui a tensão dos preocupados, suspende a dor aos atordoados, traz a luz aos que vivem nas trevas, o ânimo aos indiferentes, o conforto aos que se lamentam, a alegria aos homens tristes, o consolo aos desamparados, o relaxamento aos que de contorcem, a serenidade aos inquietos, o repouco aos sem sossego, a paz aos intranqüilos, a humildade as almas secas; satisfaz os apetites moderandos, sacia a sede aos sedentos, a fome aos famintos, dá a seiva aos que necessitam dela, é capaz ainda de distrair a todos com os seus brinquedos; em tudo ele nos atende, mas as dores da nossa vontade só chegarão ao santo alívio seguindo esta lei inexorável: a obediência absoluta à soberania incontestável do tempo, , não se erguendo jamais o gesto este culto raro; é através da paciência que nos purificamos, em águas mansas é que devemos nos banhar, encharcando nossos corpos de instantes apaziguados, fruindo religiosamente a embriagez da espera no consumo sem descanço desse fruto universal, inesgotável, sorendo até a exaustão o caldo contido em cada bago, pois só nesse exercício é que amadurecemos, construindo com disciplina a nossa própria imortalidade, forjando, se formos sábios, um paraíso de brandas fantasias onde seria um reino penoso de expectativa e suas dores; na doçura da velhice está a sabedoria, e, nesta mesa, na cadeira vazia da outra cabeceira, está o exemplo: é na memória do avô que dormem as nossas raízes, no ansião que se alimentava de água e sal para nos prover de um verbo limpo, no ancião cujo anseio mineral do pensamento não se perturbava nunca com as convulsões da natureza; nenehum entre nós há de apagar da memória a a formosa sensibilidade dos seus traços, nenhum entre nós ha de apagar da memória sua descarnada discrição ao ruminar o tempo em suas andanças pela casa; nenhum entre nós há de apagar da memória suas delicadas bontinas de pelica, o ranger das tábuas nos corredores, menos ainda os passos compassados vagarosos, que só se detinham quando o avô, com dois dedos no bolso do colete, puxava suavemente o relógio até a palma, deitando, como quem ergue uma prece , o olhar calmo sobre as horas; cultivada com zelo pelos nosso ancestrais, a paciência há de ser a primeira lei desta casa, a viga austera que faz o suporte das nossas adversidades e o suporte das nossas esperas, por isso é que digo que não há lugar para a blasfêia em nossa casa, nem pelo dia feliz que custa a vir, nem pelo dia funesto que súbito se precipita nem pelas chuvas que tardam mas sempre vêm nem pelas secas bravas que incendeiam nossas colheitas; não haverá blasfêmia por ocasião de outros reverses, se as crias não vingam, se a rês definha, se os ovos goram, se os frutos mirram, se a terra lerda, se a semente não germina, se as espigas não embucham, se o cacho tomba, se o milho não grana, se os grãos caruncham, se a lavoura prageja, se se fazem pecas as plantações, se desabam sobre os campos as nuvens vorazes dos gafanhotos, se raiva a tempestade devastadora sobre o trabalho da família; e quando acontece um dia de um sopro pestileno, vazando nosso limites tão bem vedados, chegar até as cercanias da moradia, insinuando-se sorrateiramente pelas frestas das nossas portas e janelas, alcançando um mebro desprevinido da família, mão alguma em nossa casa há de fechar-se em punho contra o irmão acometido: os olhos de cada um, mais doces do que alguma vez ja foram, serão para o irmão exasperado, e a mão benigna de cada um será para este irmão que necessita dela, e o olfato de cada um será para respirar, deste irmão, seu cheiro virulento, e a brandura do coração de cada um, para ungir a sua ferida, e os lábios para beijar ternamente seus cabelos transtornados, que o amor na família é a suprema forma da paciência; o pai e a mãe, os pais e os filhos, o irmão e a irmã: na união da família está o acabamento dos nossos princípios: e, circunstanciamente, entre posturas mais urgentes, cada um deve sentar-se num banco, plantar bem um dos pés no chão, curvar a espinha, fincar o cotovelo do braço no joelho, e, depois, na altura do queixo, apoiar a cabeça no dorso da mão, e com os olhos amenos assistir ao movimento do sol e das chuvas e do vento, e com os mesmos olhos amenos assistir à manipullação misteriosa de outras ferramentas que o tempo habilmente emprega em suas transformações, não questionando jamais sobre seus desígnios insondáveis, sinuosos, como não se questionam nos puros planos das planícies as trilhas tortuosas, debaixo dos cascos, traçadas nos pastos pelos rebanhos: que o gado sempre vai ao cocho, o gado sempre vai ao poço; hão de ser esses, nos seu fundamento, os modos da família: baldrames bem travados, paredes bem amarradas, um teto bem suportado; a paciência é a virtude das virtudes, não e sábio quem se desespera, é insensato quem se submete." E o pai à cabeceira fez a pausa de costume, curta, densa, para que medissemos em silêncio a magestade rústica da sua postura: o peito de madeira debaixo de um algodão grosso e limpo, o pescoço sólido sustentando uma cabeça grave, e as mãos de dorso largo prendendo firmes a quina da mesa como se prendessem a barra de um púlpito; e apoximando depois o bico de luz que deitava num lastro de cobre mais intenso em sua testa, e abrindo com os dedos maciços a velha brochura, onde ele, numa caligrafia grande, angulosa, dura, trazia textos compilados, o pai, ao ler, não perdia nunca a solenidade: "Era uma vez um faminto".

Raduan Nassar, Lavoura arcaica, capítulo IX
diz tudo, pra mim.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

medo

sou muito receoso, e sempre fui, esse é meu jeito de ser; tenho medo do novo, medo das mudanças, medo do passo à frente, medo do desconhecido; tenho medo de me envolver emocionalmente, tenho medo de dormir com shorts ao invés de calça, tenho medo de subir pela outra escada do metrô, medo do outro lugar do metrô, e medo da outra porta, tbm do metrô; eu tenho medo de trocar as posições das fotos na minha parede, e medo de atravessar a rua em outro lugar, tenho medo tbm de mudar a ordem dos "bom dia" na padaria em q tomo café-da-manhã, tenho medo, simples assim.

terça-feira, 28 de abril de 2009

please, tell us why.

o q me encanta em você é todo esse seu mistério, vc tem portas e janelas fechadas, e nunca abre um sorriso; postura impecável, cabelos sempre tão bem penteados, e sempre uma rigidez inconfundível; vc, sua postura, e sua discrição, como isso é possível, como meu Deus; tanto mistério, por que vc não me deixa ver estes seus dentes q tão brancos devem ser, por que esse seu olhar sempre não querendo ver; por que toda esta invizibilidade; como é possível, como é possível?

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Necessidade.

eu não sou simpático como as pessoas costumam pensar ou dizer, eu sou carente; dou atenção a quem me dá atenção, gosto de quem gosta de mim, e descarto quem me descarta; não quero alguém certo, eu só quero um alguém para uma conversa de 5 minutos, só quero um pouco de atenção, por isso a simpatia, nada mais; sei q quando meu ouvinte não estiver mais exercendo a função de me ouvir, ficarei sozinho, com todos aqueles sentimentos q a solidão nos traz, por isso a simpatia; não por graça, ou por bom humor; mas por carência.

A janela V

a diferença entre abrir portas e abrir janelas é q pela prota vc passa, e é parte da realidade, através da janela vc só observa; arrombar uma janela é não querer participar, mas observar mais de perto, e eu não sei se quero fazer parte de uma realidade, ou apenas observá-la, quero primeiro saber se ao entrar nessa realidade, tudo estará nos conformes, não quero chegar perto e me machucar; não outra vez.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Deserto

é vazio, é apenas vazio; é como se eu quisesse comer algo, mas não encontrasse nem na dispensa, nem na geladeira; como se eu buscasse matar a minha sede numa água não existente; querendo me apertar em abraços, q braço nenhum pode me dar; um deserto, daqueles bem grandes, porém sem sol, nem direção; perdido, me enterrando e me desentarrando por entre os grãos da areia fina, q com qualquer vento se move; é assim, é a busca incessante por algo, ou por alguém; é correr de um lado ao outro do deserto buscando um poço; em todo deserto se encontra um poço, nem sempre cheio; nem sempre vazio.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

A janela. IV

e eu não posso simplesmente colocar a minha boca para fora da janela e gritar, por, não, eu não vou apenas lhe pedir uma segunda chance, eu vou ao topo da minha voz, eu vou implorar, rastejar, e pedir para q vc volte, volte para mim; a minha janela agora está aberta, e eu nada vejo lá de fora, nem vultos, nem imagens, o vento nem sequer sopra por aqui, minha janela está aberta, e tudo o q eu vejo lá fora é um vazio, tudo está repleto de coisas vazias, não há vida nas árvores, os carros por aqui não passam mais, as pessoas que antes habitavam estes prédios há tempos se foram, tudo ficou vazio, tudo ficou escuro, tudo ficou gelado, não há nada, não há nada, não há nada.

A janela. III

(para destruir janelas, paredes e muros não é necessário só força ou coragem, é necessário também saber se do outro lado há o desejo desta destruição; não posso apenas pegar meu martelo e começar a destruir barreiras há tanto tempo impostas, não posso chegar e invadir a sua vida, preciso saber, antes, se vc aceita estes escombros, se vc aceita este mundo destruído; ou melhor, preciso saber se vc me ajudará a destruir tudo o q há entre nós dois; não sou apenas eu quem destruirei barreiras, vc tbm terá de me ajudar, vc tbm quebrará dias, meses e, talvez, juramentos q tenha feito, juramentos do gênero nunca mais; eu nunca jurei nada sobre você, eu nunca mais pensei sobre você; deixei tudo como estava, como num velho museu em q não tiram o pó há décadas, tudo ainda está aqui, e eu me recuso a pensar sobre se o seu amor era mentira, ou era verdade, vc me disse q era verdade, pois então, verdade será; vc me disse tantas coisas, e todas ainda estão aqui; eu espero, um dia, olhar para você, e ter a certeza de q tudo valeu a pena, e q todas essas paredes, barreiras, tijolos, centésimos, segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos de distância, se tudo isso valeu a pena; eu preciso sabe.) há tanta coisa sobre nós dois q eu ainda preciso saber...

quarta-feira, 22 de abril de 2009

A janela. II

eu estou com a minha marreta na mão, estou pronto para começar a demolir as minhas paredes, demolir a simetria em q sempre vivi, estou pronto para destruir tudo, tudo; eu preciso quebrar estas paredes, eu preciso te achar, eu preciso buscar você, onde quer q vc esteja; meu estômago grita para q vc volte,e por favor, escute-o, por favor; mas eu não posso sair detonando cidades, eu não sei se vc se lembra de mim, eunão sei se meu rosto ainda mora em seus neurônios, eu não sei o quanto de mim ainda resta em você; eu nunca senti isso antes, nunca senti tanta falta de alguém, nunca precisei tanto de um olhar; eu estou perdido, e desde q vc se foi, eu nunca mais me achei; vc levou de mim o meu norte, vc levou toda a minha direção, o meu caminho se apagou, o vento tratou de cegar meus olhos, eu preciso da sua luz, eu preciso de uma mão q me guie, eu preciso de algo q me leve até você; por favor, eu não agüento mais; teus olhos azuis me ofuscaram, seu cabelo, q vontade de tocá-lo, volte, por favor, volte.

A janela.

nós nos relacionávamos através de uma janela, eu na minha, vc na sua; vc, sempre tantando ousar, sempre tentando ultrapassar essa dimensão, e eu, pouco acostumado a mudanças, sempre com medo; com medo de mudar algo em nosso relacionamento, com medo de q, ao me tocar, seu encanto por mim desaparecesse, meu medo, meus medos; hoje, quase onze meses depois, a vontade q eu tenho não é apenas de sair da janela e tocar você; não, a vontade é muito maior do q essa; a vontade agora é de destruir essas paredes, arrombar os pequenos orifícios desta janela, quebrar tudo o q há entre nós, tudo, toda essa distância, todo esse meses, essa bagunça; quebrar esta vida sem você, q nada me valeu, quebra tudo, arrebentar, jogar aos ventos, rasgar, demolir, d-e-s-t-r-u-i-r, deixar em ruínas, não salvar um muro, um pequeno tijolo; quero gritar aos quatros cantos do mundo q eu quero você de volta, gritar do mais alto prédio, gastar minha voz ao máximo, emudecer em apenas um grito, porém dizer : eu quero você de volta; quero fazer um escarcel, quero por fogo no mundo, quero quebrar todas as coisas, destruir cidades, destruir florestas, quero tudo, quebro tudo, não quero nada entre nós dois, eu quero eu e você, juntos; quero destruir tudo, eu preciso chamar a sua atenção, e saber se vc ainda se lembra da minha existência, eu não quero q reste nada, q é pra ver se você volta, que é pra ver se você volta, que é pra ver se você volta pra mim.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

palavras passadas

hoje eu ouvi falar d euma tal de liberdade, e ouvi também alguma coisa como vento no rosto, e velocidade,e não sei pq, mas aquelas frases soaram como ecos para mim; parece q há muito tempo eu as ouvi; e enquanto eu as ouvia, hoje, não conectei umas às outras, me firmei apenas nessas expressões, e depois, dpeois pensando sobre isso eu me lembrei de onde eu ja as conhecia; é, o seu mundo era isso, era a velocidade, com o vento batendo no rosto, e toda a sensação de liberdade q isso te proporcionava... tudo me faz lembrar você, tudo... ja vai longe o tempo, mas espero... espero.

sábado, 18 de abril de 2009

To find my love.

uma coisa q eu tenho gostado muito é de andar de metrô todas as manhãs, acho incrível a velocidade daquilo, e como vou de um lado da cidade ao outro em apenas 5 minutos; é realmente interessante; mas não é isso o q mais me intriga, o q me intriga é ver aquelas pessoas todas, todos aqueles homens, mulheres, aquelas crianças com olhos quase fechando de tanto sono, aquelas senhoras q parecem estar ali só para atrapalhar a nossa vida... gosto de observar as pessoas, gosto, mais ainda, de imaginar por quantas eu me apaixonaria, e com quantas eu me daria bem, com quantas eu teria filhos, quem dali poderia ser meu melhor amigo, quem me daria aquele abraço as vezes necessário... mas não, estamos todos ali, um fingindo q o outro não existe; muitas evzes nos fazemos de invisíveis, com óculos escuros e fones de ouvido, e por vezes estamos com um livro tbm, pois é um ótimo esconderijo; ainda acredito, o meu amor pode estar em qualquer vagão, em qualquer degrau da escada rolante, só preciso dar um epsaço para vê-lo.

terça-feira, 14 de abril de 2009

(love) Is for vendeta.

eu sempre sofri muito por amores não-correspondidos; sempre, fato; sempre me iludi pensando q meu amor platônico pudesse olhar pra mim e se apaixonar, sempre achei q histórias das novelas das 9 aconteceriam cmg (de fato, as vezes algumas coisas acontecem, mas nunca no ramo do amor); sempre quis alguém só para mim, e sempre achei q isso me faria feliz; porém algo me intriga, quando me vingo de algum desses amores platônicos fico incomparavelmente mais feliz do q se estivessemos juntos; interessante, não...

(re)Nascer.

Sinto-me nascido a cada momento
para a eterna novidade do mundo...
isso é o q o sábio Fernando Pessoa diz quando se passa por Alberto Caeiro, no livro "O guardador de rebanhos", no poema II; e é assim q vou levando, me sentindo um novo eu a cada passo, me sentindo uma nova pessoa a cada conquista, me sentindo um novo indivíduo a cada nascer do sol, e vendo como mudei do nascer ao pôr-do-sol; não sei se isso é bom, e nem posso julgar se é ou não lícito para mim nascer e renascer a esta velocidade, pois nem sempre me torno uma pessoa boa; sometimes me torno o ser mais vingativo e cruel q ja vi, outras vezes me sinto um daqueles velhos, derrotados e frustrados da vida, q só ficam em casa, sentando em frente à televisão, comendo chocolate, engordando, naquele tédio mórbido, esperando o dia de morrer; outro dia me peguei pensando nisso, me modifico, me reinvento, mas meus outros eus não saem de mim, e como eu gostaria q as lembranças desses outros eus fossem embora; ja pensei em apagá-las, ja pensei em jogá-las do mais alto prédio, ja pensei em enterrá-las na terra, mas me parece q minhas mágoas usam bóias, ou sabem nadar, elas nunca são afogadas; nunca me arrisquei a afogá-las em copos de álcool, nunca tentei enterrá-las em cocaína, nunca, mas as vezes essa me aprece a única solução, fumá-las, injetá-las; mas não, não posso, o q a sociedade pensaria de mim, eu, o menino prodígio, o menino exemplo, aquele do sorriso no rosto todos os dias, o mais engraçado da sala, como eles me veriam no futuro? o menino drogado q acabou com a própria vida e com a família? não posso, não; sou minha imagem, e sou o q pensam dela, sou a imagem na cabeça dos outros,e detesto pensar q posso decepcionar essa minha imagem, esse meu busto; não sou mais q uma imagem, de vez em quando tento ser inteligente, mas não consigo nem escrever uma redação de 30 linhas, quem dirá fazer algo inteligente; minha baixa auto-estima deve te aterrorizar, por favor, não se torture; meus chocolates me esperam, minha vida tediosa e tão normal me aguarda, minha vida não é uma série de tv, e nunca irei à festas tão glamurosas, nem viverei em nova york, rodeado de amigos q furam os olhos um dos outros; acho essa nossa sociedade muito interessante; em nossa terra de cegos, o q mais importa, para alguns, é a beleza; e não posso negar isso, quanto dinheiro ja gastei em razão de uma pele perfeita, quantas horas no espelho para ver o esmalte dos dentes, quantas vezes por mês visito minha cabelereira e penso em como mudar; mudar o cabelo é renascer, renascer a imagem q as pessoas fazem de vc, e é isso o q eu não quero, ainda quero minha imagem perfeita, meu busto em mármore, minha honra, e minha dignidade; é tudo o q eu quero.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Ao meu passado:

vc vai sofrer, é importante q vc saiba disso; e é bom eu ja começar essa carta com um choque, pois aí vc lerá; e aqui quem escreve sou eu e vc, pois aqui eu escrevo sobre as cosias q vc fez, é vc no futuro quem desenha estas letras nesta folha de caderno e envia não se sabe para onde; quem
sabe eu possa rasgar isso aqui e jogar ao vento, e quem sabe o vento não leve isso a você.

neste exato momento vc está olhando o céu cinza da sua cidade cinza e vc está cinza, essa cidade tomou conta de vc; o caos dela transformou você, acredite, esse menino todo calmo q lê isso neste exato momento, dentre alguns anos, será ao mesmo tempo caótico, e ao mesmo tempo tedioso, assim como o cinza; o cinza é tedioso e calmo, como pode ser vc caótico e calmo, é simples; quando uma bomba cai, primeiro ela destrói tudo, depois ela levante uma nuvem de poeira, e vc é exatamente aquele silêncio depois da destruição, o silêncio depois dos gritos, o silêncio depois de sonhos destruídos.

seria bom se vc não fosse um fanático por idealizações, mas não posso escrever sobre isso, vc sou assim, eu é assim; idealiza, e idealiza demais, e acredita q se casará ainda jovem, para viver muito tempo ao lado do seu amor, mas, leia bem, aqui, no futuro o amor ja morreu para você, o amor ja não existe, e ja faz quase um ano q vc não diz q ama ninguém, nem a sua mãe; no caso, ela vai quebrar as suas pernas, e dizer coisas horríveis a você, o seu pai será paciente, como sempre foi, e vai perceber q precisava te dar atenção na infância, mas, quando ele perceber isso, vc ja será grande,e só conversará sobre algumas músicas com ele, e pedirá dinheiro.

vc se transformará em uma pessoa muito materialista,e saiba q toda essa sua inteligência será esquecida no futuro, vc será a sociedade das aparências,e sim, o mundo todo estará dentro de você, a sociedade, a cultura, o caos cotidiano, a insanidade, a depressão, o stress absurdo; vc será uma bomba explodida, o silêncio mais profundo, e de repente, um grito de socorro ecoará pelo vento, vc será o silêncio, vc será o grito.

lembre-se sempre q família é a base de tudo, mas q nem sempre vc poderá contar com eles, a sua família realmente não te entende, e nunca entenderá, o seu pai e a sua mãe são mais tradicionais do q vc imagina, e o resto da sua família, bom, vc ja sabe como eles são, e ficará pior; mas nunca haverá desunião, a família é a base de tudo, e enquanto vc puder, busque nela o amor da sua vida, apaixone-se por ela.

seus amores foram frustrados, todos, até agora; e não acredito q haverá algum q não seja, o último foi avassalador, e levou tudo o q vc tinha, tudo; os outros foram utópicos, como eu ja disse, pare de idealizar, não existem contos de fada, e aquelas belas histórias da infância virarão contos de terror, ou no mínimo literatura fantasiosa, vc não lerá isso para os seus filhos.

queria q vc brincasse mais na infância, e q tivesse amigos da infância, hoje em dia vc tem poucos amigos, e quase nenhum liga pra saber como vc está; a melancolia sempre toca você, e vc semrpe diexa esse toque invadir o seu ser, e isso te transformará no q vc é hoje em dia; uma máquina, sem sentimentos, sem vida, sem amor; e sem ninguém.

domingo, 12 de abril de 2009

Fácil/Difícil.

minha mãe realmente não sabe quem eu sou, realmente; ela acaba de soltar mais uma de suas sábias pérolas: a coisa mais difícil de se achar é alguém q goste de vc; não me diga isso, mamãezinha, eu ja sei, é como ensinar um velho pedreiro a levantar um muro, como ensinar um passarinho a não se perder por entre os prédios, eu já sei; encontrar alguém q te ame não é fácil, difícil é conviver com o sentimento de ter encontrado esse alguém, mas ter disperdiçado-o, não ter dado o valor merecido a alguém q merecia; difícil é amar alguém e ser amado.

Bússola.

perdi o norte, e assumir isso não é a coisa mais fácil do mundo; é assumir q se está perdido, q não há direção para seguir; e também q não há objetivo de onde chegar, nem como chegar; eu sempre tive tudo, sempre, nunca precisei lutar por nada, nunca precisei de força de vontade, e nem força nunca tive, sempre a tiveram por mim, minha vida foi fácil; mas vejo q não sou só eu, vejo uma geração toda assim, mas não estou aqui para falar dos outros, e sim de mim; sem norte, sem direção, sem rumo, esse sou eu, um menino perdido no meio de um caminho,e q constantemente cai, e não tem como levantar, de queda em queda vou me perdendo, e de vez em quando me encontrando em um outro alguém, de vez em quando me encontrando nos objetivos de outro alguém, e sendo levado por outro alguém; não q seja fácil eu me influenciar pelos outros, o problema é ser apegado, e se apegar rápido é a questão; quando o objeto de apego se vai, me perco, e perco meu norte, e começa este ciclo, todo outra vez.

sábado, 11 de abril de 2009

(des)Encontros.

começou com um simples e singelo Posso te ajudar, e de repente era como se fossemos amigos de infância, daqueles amigos q sofrem do mesmo problema, q os pais são exatamente iguais, q ja tiveram os mesmos sonhos, e q tantos planos juntos fizeram; foi assim, não sei em qual parte da conversa me perdi, ou em qual parte me envolvi mais, sei apenas q ao nos despedirmos e perguntarmos qual o nome do ouvinte eu ja sabia q éramos melhores amigos, e vc foi; por cerca de 30 minutos vc foi minha melhor amiga, e olha só, eu só sei o seu primeiro nome, só sei dos nossos pontos em comum, e eu nem sei se um dia eu te verei de novo; vc, com pastas na mão, uma bolsa enorme, falando pelo celular, procurando um bilhete único, e grávida, e eu, do outro lado da catraca do ônibus, vendo esta cena, no mínimo, desesperadora, tentei te ajudar, e o q fez eu me identificar com vc foi... foi... não sei, não sei se foi a sua melissa violeta, ou se foi ver vc toda perdida, precisando de uma ajuda q não se saberia de onde viria; então, resolvi estender a minha mão e te ajudar, e foi assim q eu disse Posso te ajudar; é isso q eu espero, essa mão q me ajude em um momento de caos, espero ainda ouvir um Posso te ajudar; é só isso, quero um eu mesmo, só q em outro corpo.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Prédios, buzinas e o coração.

eu sou a minha cidade; eu sou a minha são paulo, e a mesma concretude q se vê por aqui, se vê em mim também. não há rios q correm em mim, há no máximo um rio morto e poluído q corre pelas minhas veias; não há terra fértil em meu coração, há apenas asfalto, onde células-carro correm, e correm em uma velocidade tamanha q não conseguem analisar as paredes q as cercam; há pressa, há desespero; há também aquela angústia, e aquela solidão q vc encontra nas grandes cidades; há a vontade de acabar logo com tudo, de destruir; a autodestruição sempre me acompanhou;/ há caos, e sou caos, sou caótico, e talvez quem ande comigo nunca tenha percebido, mas sou um turbilhão de informações, sou um turbilhão de sons, sou um turbilhão de pessoas e mentes em um mesmo segundo, sou a saudade dos tempos onde tudo era verde, e no rio havia peixes e seres vivos; tenho é saudade dos tempos das minhas avós; meu céu não tem estrelas, tem, no máximo, alguns poluentes q saem dos carros e das fábricas; no meu chão não tem vida, na minha vida, não tem chão; aqui o fator cronológico não faz diferença, ontem ja foi faz tempo, mas um ano atrás ainda está ao meu lado, caminhando de mãos dadas comigo; eu sou o que a minha cidade é, eu sou São Paulo em todos os aspectos, tenho uma São Paulo dentro de mim, e não apenas uma, tenho muitas, pois minha cidade não é uma só. é todas, no mesmo corpo.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

prisão.

eu preciso é me soltar do meu passado, deixá-lo onde ele deve estar, no passado; passou, passou, e é isso o q eu preciso por na minha cabeça; não voltará, preciso é matar as esperanças imortais q ainda existem na minha mente, preciso quebrar estas correntes q tanto me prendem, e q colocam um cabresto na minha vista, porém um cabresto q não me deixa olhar pra frente, mas q faz com q eu olhe sempre para trás, sempre o passado, sempre vendo a vida lamentando o q passou; sempre pensando q deixei a água, fonte de vida, escorrer pelos meus dedos; deixei a calmaria e a tranqüilidade irem embora com a força do vento q bate na minha cara no metrô, deixei ir embora; eu só queria q tudo voltasse, faz quase um ano, e olhe onde estou, no mesmo lugar; ainda pensando em você, e pensando na nossa vida, e pensando na sua vida, e te querendo, e te amando, e precisando dos seus abraços imaginários, dos seus olhares imaginários, do meu você, do nosso amor; imaginário.

domingo, 5 de abril de 2009

a verdade é que ninguém é atingido por um raio em um dia de sol.

sábado, 4 de abril de 2009

bombardeio

é me descontruindo q me conheço mais, é tirando o eu de mim q me reconheço melhor, é saindo da primeira pessoa do singular; é assim, quanto mais eu me descontruo, mas descubro as minhas essências, e mais descubro o meu interior; e agora, o que ja era morto pode voltar, e o q está e q não deveria estar, pode se acabar; são bombas em uma cidade, e ao longe pode-se ouvir uma sirene de ambulância, é apenas uma ambulância, mas mais chegarão.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

a verdade é q eu te idealizei demais, e, tipo, vc é só mais um alguém; um alguém de uma noite, em algum lugar, nada mais q isso, e nunca deixará de ser; vcs são todos humanos, todos os mesmos, tudo farinha do mesmo saco; carros parados no farol, esperando o sinal verde para correr, e parar no próximo semáforo, onde o farol se encontrará vermelho; e é sempre o mesmo ciclo.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

hoje todas as peças se encaixaram na minha cabeça e eu finalmente pude compreender o porquê q tudo aconteceu cmg, e o porquê aconteceu como aconteceu; pelo simples fato de vc gostar de mim, mas eu não conseguir gostar de mim mesmo naquela época; hoje estou eu aqui, feliz comigo mesmo, e sem você.

segunda-feira, 30 de março de 2009

eu não acredito q possa surgir paixão entre duas pessoas depois de algum tempo de convívio; a paixão é avassaladora, e só é possível no primeiro olhar; é assim, só sei me apaixonar à primeira vista, e a primeira vista sempre me diexa cego, pois tudo o q eu vejo é a minha paixão e nada mais; não há paixão q resista ao tempo; a paixão passa, o desejo passa, e o convívio torna tudo normal, tedioso; à primeira vista, uma paixão, como dita, avassaladora, causa estrago, e é assim q eu gosto, estrago; os prédios q uma paixão desmorona, o caos deixado na cabeça de alguém, as noites de insônia, os pratos de comida não comida, a tragédia, o ver o mundo em apenas uma pessoa e idealizá-la antes de adormecer; é assim q a paixão nos deixa, ela nos enlouquece, e nos enlouquece de primeira, não de segunda, nem de terceira; if you believe in love at first sight, you never stop looking.

sábado, 28 de março de 2009

Conflitos de gerações.

Conflito de geração, quem nunca sofreu com isso em uma conversa com os pais; se vc disser q, Não, comigo essas cosias nunca acotneceram, mentira; muita mentira sua; seu pai não compreende seus amigos virtuais, e certamente não cabe na cabeça da sua mãe como vc consegue se comunicar com seus amigos via sms, na época deles era necessário olhar olhos nos olhos para se estabelecer um diálogo, hoje em dia, olhos nos olhos é para quem tem tempo, e eu não disponho disso; o conflito de hoje foi o ápice de todos os conflitos que ja tive com meu pai, e olhe, foi silencioso; estávamos na casa da minha avó paterna, e ela aluga uma casa para alguns policiais, resolvemos entrar na casa deles, ja q estava aberta, e q não havia ninguém lá naquele momento; ao entrar no quarto de um dos rapazes, havia em cima da estante três pacotes de camisinha, na hora eu e minha irmã nos olhamos e entendemos q não deveríamos nospronunciar sobre aquilo, porém para o meu pai isso não bastou, ele olhou, olhou, observou bem, e lençou a pergunta, O q é isso; aí as coisas se encaixaram na minha cabeça; se meu pai não sabe o q é uma camisinha, ele não deve saber manuseá-la, como ele saberá manusear um filho como eu?

quinta-feira, 26 de março de 2009

todos dizem q o homem é um animal, para Aristóteles o homem é o lobo do homem, mas não, o homem é um rato,e não um rato qualquer; um rato de esgoto; daquelas ratazanas, bem porcas, bem animais, selvagens, daquelas roedoras, com dentes amarelos, podres, que vivem sujas no esgosto, rastejando suas barrigas fartas de verme na água coliformical, podre, fédida; é isso o que somos, somos ratos; assim como ratos somos movidos a sexo e comida, e é para isso que vivemos, prazer no sexo, prazer na comida; é isso, somos ratos, ninfomaníacos, gulosos, loucos por sexo, loucos pelo prazer, pelo orgasmo, pelo gozo, por sêmen, é isso o q somos; somos sujos; não somos caçadores como Aristóteles diz, somos caça e somos caçados; um macho caça uma fêmea, que caça um macho, que caça outro macho, que caça uma fêmea que caça outra fêmea; é isso o q somos, testículos e estômago.
na verdade todas as minhas doenças são psicossomáticas, todas; não basta apenas sofrer, preciso me martirizar, imponho penas a mim mesmo; meu estômago ja não funciona bem há meses, e a gastrite não corrói só ao meu estômago, corrói a mim tbm; esta semana foi o ápice da psicossomatize, não pude falar muitas cosias para algumas pessoas, e tudo isso intalado na minha garganta fez com que as minhas amídalas inchassem, e aqui estou eu, com dor de besetacil, com dor de soro na veia; o que mais me falta acontecer, até onde eu psicossomatirarei as minhas doenças, até onde...
eu sou o cúmulo do perfeccionismo, tomeu uma bela besetacil ontem, e ao sair da sala, sorri; não posso ser visto de cara feia por aí... não posso.

terça-feira, 24 de março de 2009

queria saber se vc ainda pensa em mim, ou se ainda se lembra da minha existência; tudo foi um grande erro, foi um grande erro o modo como eu me comportei em relação a você, não te deixando vir para a minha cidade, com medo de q vc perdesse a paixão q tinha por mim, e me trocasse pela minha cidade; minha cidade é realmente apaixonante; posso ser infantil a este ponto, mas este foi o fator crucial da nossa relação, eu tinha era medo q vc se decepcionasse cmg, eu precisava era ter a segurança, e eu encontrava segurança com vc longe; eu nunca quis te decepcionar, vc foi a pessoa mais improtante q pasosu pela minha vida; mas hoje em dia, nem de cacos não é feita a nossa vida; vc nem sabe quem eu sou, e somos estranhos vivendo em um mesmo mundo; se eu te encontrasse na rua, certamente passaria reto, pois não mais te reconheceria, e eu nem sei se a minha imagem ainda está gravada na sua cabeça; não sei se seus olhos azuis ainda se lembram dos meus castanhos, mas eu espero que sim; eu nunca mais vi nenhuma foto sua, na esperança de te esquecer, mas isso não ajudou muito, ainda sofro por vc, sofro calado, mas sofro; ninguém, nem mesmo a minha psicóloga sabe o q eu ainda sinto por você, é, quem diria, eu, o cordeiro q se apaixonou pelo leão agora sente falta do perigo, sente falta do perigo de ser envolvido por garras e dentes, sente falta.
é inacreditável, mas eu ainda gosto de vc, e como isso pode ser possível depois de todo esse tempo, depois de todo este sofrimento; é um absurdo; o amor é um absurdo; ama-se pelo simples fato de depender de outro alguém, ou ama-se pelo fato de não se sentir completo, e bucar este parafuso faltante em outra caixa de ferramentas; eu não sei porquê te amo, ou porquê eu tenho essa necessidade de vc; na verdade eu acho que eu necessito de necessitar de alguém, eu não sei mais o q eu quero; eu não quero me apaixonar por você de novo, mas vejo q isso irá acontecer, e eu preciso ser forte, eu preciso ser forte e te vencer; ou vencer a mim mesmo?

segunda-feira, 23 de março de 2009

Lá fora as nuvens estão escuras e pesadas, e eu bem sei o q acontecerá; eu sou uma bomba esperando para explodir, enquanto o céu espera para cair.

sábado, 21 de março de 2009

eu sou um rei, e onde ja se viu alguém rejeitar um rei; onde ja se viu alguém não se curvar na frente de um rei; é incrível, mas por onde eu passo as pessoas me amam, e basta me conhecerem por 3h e pronto, lá estão elas curvadas à minha frente; eu sou um rei, eu sou um rei, e detesto ser rejeitado, eu não fui acostumado com este tipo de comportamento, este tipo de gente que não se curva diante de mim, eu sou um rei.
eu gosto mesmo é do pré-caos, de estar na rua e observar a tempestade chegando; gosto dos prédios espelhados mostrando o céu escuro, gosto da adrenalina que cai junto das primeiras gostas de chuva, é do que eu gosto; eu gosto é de pensar em correr toda a vez em que eu prevejo que algo de ruim irá acontecer, mas na maioria das vezes eu estou sentado, assistindo calado à transformação da calma à tragédia, é disso o que eu gosto; da confusão.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Atlantic

depois daquela semana eu nunca mais me deitei à sua cama, nunca mais, nunca mais me senti acolhido; foram tantas as verdades ditas, tantas palavras vomitadas na minha cara, foram tantas vergonhas explícitas, e tanta decepção da minha parte; a culpa ainda levo comigo, e deitar onde dormes, para mim, é deitar na toca do leão; é estender-me no alto de um prédio, sentir o vento do perigo tocar os meus cabelos; a minha cama me conforta, mas não quero ser velho e dormir nela sozinho; estou envelhecendo, e não quero mais medos, preciso da coragem para enfrentá-los; mas, enfrentar, que força tenho eu para enfrentar algo, sensível como um copo de cristal, não posso tocar mais profundamente em nada que logo me quebro; eu preciso de um lugar onde eu possa fazer a minha cama; onde eu possa descançar a minha cabeça, pois agora os dias começarão.

terça-feira, 17 de março de 2009

Allemade

porque quando eu vejo uma foto sua eu fico quente, mas eu devo não acreditar nesta sensação, negar até o último fio de calor, não posso; é mentir para si mesmo, e eu o faço, eu minto; e minto para mim, sou uma mentira em mim; desacreditando no amor eu sigo, e meu caminho é assim, mas não é este o caminho que o vento sopra, entretanto lá estarei eu; quente, mas tentando esfriar, pondo gelo em meu peito e enfurecendo a mim mesmo, apagando de mim qualquer migalha sentimental. não posso; nãoquero; não devo.

A verdade.

meu nome é mateus bacchini, não acredito mais no amor, mas ainda acredito q um cavalo branco, um dia, estará à minha porta.

segunda-feira, 16 de março de 2009

O vômito.

E ontem o dia estava perfeito, até a hora do almoço, hora esta em que a minha panela de presão não agüentou. ao aumentar a pressão na conversa dominical com os pais não agüentei e acabei reassumindo todas as minhas verdades. vômito. assim eu defino isso. foi nuum vômito, foi numa vez só. foi um desabafo, foi o elefante saindo das minhas costas, foi a cruz q eu me preguei sendo atirada comigo, foi o trânsito da minha cidade, foi o boom de informações. foi tudo em apenas um segundo. em um piscar d eolhos eu estava sentado ao lado de minha mãe, e no outro eu estava batendo na mesa, gritando, e os olhos paternos que antes zelavam por mim, agora estavam arregalados, com medo da verdade do quem eu sou. sou eu, não tenho culpa. nasci assim, e se isso soar como coformismo, acredite, não é. eu tentei, eu tentei mudar de todas as formas, mas nunca consegui de fasto mudar. forcei mudançar, não sou uma pedra, posso ser lapidado, e me lapidei, ou ao menos eu tentei. eu me lapidei à sociedade, me lapidei para ser aceito, e se não não sou, não sou. eu apenas existo, e existo da minha forma. o elefante ainda está às minhas costas me empurrando para o chão, mas serei forte, e levarei-o comigo.